tag:blogger.com,1999:blog-25107487023050782412024-03-13T11:31:40.542-03:00Cativando-meMarcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.comBlogger86125tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-20023633045617796692015-03-29T21:36:00.002-03:002015-03-29T21:36:55.761-03:00Aquilo que se carrega...<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais uma vez, minha vida mudou.
Dizem que a vida tem ciclos de três, cinco ou sete anos. Nesse momento, vivo
uma mudança de três anos. Bem, na verdade, não são bem três anos, assim, fiz umas contas rápidas, acho que é esse ciclo, mas enfim, não há um rigor temporal que sirva de parâmetro de
ciclos de vida, eu apenas reproduzi uma ou outra fala que a gente acaba
encontrando nesses blogs de auto-ajuda por aí. Como qualquer outra coisa nesse
blog, tudo não passa da vista de um ponto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro dia tive uma experiência
interessante. Foi quase um momento de Alice através do espelho. Eu, adulta de
referência. Não me acho referência de nada, mas... Agora eu trabalho com
adolescentes no início da adolescência. É um trabalho interessante, numa
avaliação inicial. Deixe-me contar essa história.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A menina chega ostentando um bico
de três metros e se joga na cadeira da secretaria. Eu, já na <i>vibe</i> pedagógica
curiosa que me cabe, pergunto pra menina qual era o motivo que a levava a
sentar de maneira tão furiosa. “O professor mandou eu subir”, disse ela, sem
olhar para mim. Levanto a sobrancelha – na verdade, levantei as duas, nunca
consegui e sempre invejei quem tem o controle das sobrancelhas. Acho tão
bacana... Enfim, expressei minha inquietação com a resposta pouco esclarecedora
e pedi maiores explicações. Ela falou, ainda sem olhar pra mim, daquela maneira
irritantemente comum aos adolescentes, que o professor pediu para que ela
corresse e ela não queria correr. Questionei o por quê. Ela disse “Porque não”.
Respirei. Provoquei – porque sou dessas – dizendo que ela deveria ter corrido,
afinal, era aula de educação física. Ela revirou os olhos e deu um resmungo.
Sangue sobe, respiro, sangue desce. Termino de fazer o que estou fazendo e a
chamo para maiores esclarecimentos. Ela se aproximou, naquela atitude de
enfrentamento. Digo que nem adiantava aquilo, que iríamos conversar e ela
poderia me explicar a situação direito. Aí ela começa a chorar. E eu escuto que
o real motivo para aquela recusa em correr era, simplesmente, o seu peso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Marcela, eu não corri porque eu
sou gorda.” Entre lágrimas e soluços, ela vai me explicando que não queria
correr na frente dos colegas, tinha medo de sofrer com comentários acerca do seu
peso, do seu corpo. Uma simples menina, impedida de realizar uma tarefa simples
na aula de educação física por medo de ser julgada pela sua aparência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi aí que eu percebi
que o problema não era comportamental, ou de enfrentamento e rebeldia
adolescente. Parada na minha frente, uma menina linda, mas que sofria pelo fato
de estar acima do peso. Desarmei o bote pedagógico e resolvi somente escutar
aquele coraçãozinho agoniado. Fomos andar pela escola. Enquanto caminhávamos,
ela ia desfiando uma história com tantas situações conhecidas por mim, de
sentimento de inadequação, medo e angústia. Aquela menina, com a qual eu já me
identificava a essa altura, estava completamente perdida nesse mundo de padrões
estéticos severos e tentações ululantes, sofrendo por não conseguir se adequar
àquilo que era vendido como ideal. Filha de pais obesos, moradora de comunidade
carente, num mundo de amigas magras e garotos cruéis, olhava para as revistas
de moda e pensava “Se eu fosse magra, seria mais feliz”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E eu, do alto dos meus trinta
anos que não valiam de nada, percebi que ainda tinha o pensamento idêntico a
uma menina de treze anos no que diz respeito ao sentimento de inadequação. Mas,
por ser a adulta da conversa, não poderia simplesmente concordar e chamá-la
para afogar as mágoas em um brigadeiro na padaria ali na esquina. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ali, naquele momento, eu poderia
fazer diferente. Mostrar a ela que todos os impedimentos só existiam naquela
cabecinha, que o peso não era motivo de infelicidade, que a adolescência era um
período de muitas incertezas, muitas descobertas, muitos tombos, muitos
acertos. Porém, se realmente quisesse emagrecer, primeiro deveria se aceitar da maneira como ela é: Gorda.
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ela não entendeu. Expliquei que
não era simples, mas que era exatamente por se amar que conseguiria ter coragem
para a mudança. Se continuasse negando a si mesma, odiando o seu corpo e
detestando sua condição, não conseguiria descobrir sua motivação. Contei minha
estória com a balança. Ela fez um “uau”. Uau, para mim, foi um grande elogio.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para finalizar, retomamos o
problema inicial com a aula de educação física. Reincorporei a pedagoga. Expliquei
que ela não poderia se recusar a participar, pois principalmente naquela
disciplina ela iria encontrar ferramentas para o objetivo de emagrecimento. Fomos
para a quadra falar com o professor, que entendeu o problema e reiterou a minha
fala. Um pedido de desculpas pela atitude inadequada e a adolescente voltou
para a aula. E eu voltei para o meu trabalho.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, não era mais a mesma.
Tinha um pouco de mim nela. E ela tinha deixado um pouco dela dentro de mim. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aquilo que se carrega quando a vida muda.</div>
Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-11092473421995872832014-09-19T15:36:00.001-03:002014-09-19T15:37:47.410-03:00A mulher que não riaEra um consultório daquele tipo que se propõe a atender muita gente, que se amontoam no espaço reservado à sala de espera. Vários boxes numerados indicavam as especialidades - ginecologista, dermatologista, qualquer-outro-tipo-de-ista e, enfim, endocrinologista.<br />
Havia mudado de endocrinologista por motivos de mobilidade urbana, afinal, com as obras do BRT e meu horário ingrato, contrariando o Arlindo Cruz, Madureira já não era mais um lugar tão receptivo assim. Mal sabia que estaria diante de um ser mítico da mesma estirpe que a Esfinge. Ou a Monalisa.<br />
Se bem que a Monalisa ainda tem um meio "sorriso".<br />
Ela abriu a porta do consultório. A médica em questão deveria ter uns 30 e poucos anos. Loira, bonita, bem vestida. Só achei um pouco séria demais, mas ok, seria nossa primeira consulta. Eu, do alto de meus 90 e muitos quilos, não esperava uma recepção calorosa.<br />
(tampouco glacial)<br />
Notei que na consulta a médica trocou poucas palavras comigo. Olhava entendiada pra tela do computador, enquanto seus dedos teclavam as informações que ela me solicitava. Somente aquelas perguntas de peso-altura-histórico-de-doenças-bebe-fuma-etc. Aferiu pressão. Os dedos ativos. Olhar sorumbático.<br />
"Que mulher estranha", pensei. Me fez pedidos de exames. Passou uma dieta pronta, daquelas que sai na revista, E tchau.<br />
Ué? Já? Ok, primeira consulta, deve ser assim mesmo. Ela tinha uma lista grande de atendimento. Deve ser por isso.<br />
Marquei para um mês depois. Nesse meio tempo comecei a Dukan. Dia da consulta. Ela me chama novamente. A mesma carranca. Achei estranho.<br />
O mesmo olhar entediado. A mesma expressão sorumbática. Caramba... isso que é seriedade no trabalho.<br />
Pesou. Aferiu pressão. Perguntou se estava fazendo a dieta. E pronto.<br />
Foi a consulta mais impessoal que eu já tinha passado na vida. Até um otorrino seria mais afetuoso. Afinal, o otorrino TOCA no paciente, certo?<br />
Ela resolveu que iria passar Sibutramina. E eu fiquei olhando pra ela, com os olhos curiosos. Marcou pra daqui a mais um mês.<br />
Saí do consultório me sentindo um produto fabricado em série. Um mero nome naquela enorme lista de pacientes. A realidade dos planos de saúde contemporâneos - o médico impessoal.<br />
Mais uma consulta - a terceira. Peso, pressão. Dessa vez ela perguntou, com o mesmo tom monocórdico, mas olhando pra mim, se eu havia começado os exercícios. Assustei-me. Uau, ela está se comunicando! Comecei a falar da minha rotina, dos meus horários. Ela desviou o olhar, apoiou a cabeça numa mão e escreveu na com a outra no teclado: "não". Calei-me.<br />
Aí já era demais. Pensei, será que sou eu? Já havia emagrecido cinco quilos. Já não era mais a obesa estagnada de três meses atrás. Enchi-me de coragem. Perguntei:<br />
- Vem cá, doutora... a senhora é sempre séria assim?<br />
Ela desviou os olhos a tela, me olhou por milésimos e respondeu "Sim."<br />
Nessa hora, fui eu que desviei a cabeça daquele ser e pensei comigo... que triste ela deve ser. Trabalha atendendo pessoas, cuidando da saúde delas, mas mesmo assim, não consegue demonstrar empatia. Talvez eu esperasse um outro tipo de atendimento, não que esperasse que fosse afetuoso, somente um pouco mais aberto para a troca. Afinal, eu não estou ali para ser um rato de laboratório.<br />
Continuo sendo atendida pela doutora que não ri. Mas quando completei 10 quilos eliminados, subi triunfante na balança - já sabia do meu peso - ela conferiu a quantidade de peso e anunciou a conquista. Enquanto calçava os sapatos, não resisti:<br />
- Mereço parabéns, não é?<br />
Ela parou, desviou o olhar da tela, deu um meio sorriso e proclamou: Meus parabéns.<br />
<br />
Saí do consultório me sentindo gente de novo.<br />
E sorrindo.Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-6869401606427689452014-07-27T21:50:00.000-03:002014-07-27T21:50:34.691-03:00Conversas paralelas<div style="text-align: justify;">
- Caramba, garota. Achei que nunca mais ia voltar a escrever...</div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
Pois é, confesso que tinha até esquecido o compromisso com o blog. Mas sabe como é, trabalho...</div>
<div style="text-align: justify;">
As duas últimas semanas tem sido bastante desgastantes. Trabalho frenético, projetos frenéticos, pós-graduação frenética. Pensando bem, o ano inteiro tem sido bastante intenso. Metade dele já se foi. E junto com ele, alguns eventos marcantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já se foi a Greve...</div>
<div style="text-align: justify;">
Já se foi a Copa...</div>
<div style="text-align: justify;">
Já se foi o Recesso...</div>
<div style="text-align: justify;">
Já se foi o Disco Voador... não, isso não.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas nada disso importa. O que importa, por hora, é que o peso também se foi. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, saí da faixa da obesidade e cheguei no sobrepeso. Sete meses de trabalho intenso.</div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
- Trabalho? Que trabalho, Marcela?</div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
Trabalho, ué. Tudo na nossa vida é trabalho, porque trabalho é transformação; seja para seu sustento, seja para sua evolução. E emagrecer exige esforço, disciplina, dedicação, rotina...</div>
<div style="text-align: justify;">
Ou seja, dá trabalho. </div>
<div style="text-align: justify;">
Todo mundo gosta de ser reconhecido pelo seu produto, por aquilo que pode oferecer. Saber do que você é capaz, reconhecer seus talentos - e ser reconhecido por isso - é importante para sentir-se confiante ao assumir o desafio. Essa confiança gera motivação para construir um planejamento, que será o caminho para chegar ao objetivo desejado. No emagrecimento, esse caminho é permeado por desafios e tentações, mas quando construído em cima de objetivos possíveis, reais, certamente será atingido no prazo estabelecido. Porque além do objetivo e da motivação, é preciso estabelecer um prazo para alcançar essa meta que você estabeleceu. </div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, penso que o prazo não precisa ser o final de tudo. Eu não cheguei ao peso final - não gosto de ideal, porque ideal por ideal, cada um tem o seu, seja pra paz mundial ou pra fazer guerra com o vizinho, o que não vale é incomodar o outro porque o ideal dele não é igual ao seu ideal e vice-versa-e-versa-o-vice. Eu não quero emagrecer até virar do avesso, como deseja a minha endocrinologista, que me propôs os surreais 59kg (ainda não falei da minha endocrinologista, essa história é ótima, já tenho até título, "a mulher que não sorria", mas vou deixar pra outro post), mas a cada quilo perdido, sinto uma grande euforia por me aproximar cada vez mais do primeiro objetivo dessa missão. Hoje, beirando os 79kg, estou prestes a alcançar a primeira meta do meu planejamento: os 78kg.</div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
- Ué, mas quem chega aos 78 chega aos 59, né não?</div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
Não. Não é assim. É preciso tempo pra que o corpo se acostume com essa nova realidade, com esse novo peso, sendo capaz de continuar emagrecendo. Foram 20kg. Para o processo de emagrecimento, essa diminuição de peso, no ritmo que segui, é tranquila, mas a cada etapa alcançada, ou seja, quanto mais você se aproxima da faixa de peso regular para a sua altura, MAIS INTENSO DEVE SER O PROCESSO DE EMAGRECIMENTO. Ou seja, eliminar 20kg iniciais é mais "fácil" que os 10kg finais. Não sou somente eu que digo isso, são médicos, profissionais de educação física, pessoas que lidam todos os dias com a dinâmica do emagrecimento. Tanto que um já me recomendou até um dia do lixo - veja só, um dia pra comer porcarias. Ainda não tive coragem. Mas tem dias que dá vontade, admito.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fora isso, a falta da rotina de exercícios ainda me impede de ser mais eficaz nesse meu processo. Admito que um trabalho, o formal, afeta o outro, o de emagrecer, direta e indiretamente. Trabalhando, tenho possibilidade de seguir a dieta com uma alimentação regrada. Mas não tenho tempo - nem disposição, admito - para chegar na academia e fazer as duas horas de exercícios intensos que eu sei, me ajudariam desde o início. </div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
- Mas por que você não faz uma caminhada, corre no fim de semana, faz umas abdominais...?</div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
Caraca, sério mesmo? Chega de ficar justificando as coisas, aliás, nem tem motivo pra isso, afinal, sou eu comigo mesma numa bipolaridade sincera, exercendo meu direito a dupla personalidade, quase mandando esse meu alter ego para o quinto dos infernos!</div>
<div style="text-align: justify;">
*</div>
<div style="text-align: justify;">
E se acharem o corpo destroçado, coberto com as minhas digitais, digo que não fui eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Foi meu Eu-Lírico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-65535226586818814852014-06-04T12:05:00.001-03:002014-06-04T12:13:39.832-03:00Redesenhando...<div style="background-color: white;">
</div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Vou começar esse texto com uma expressão bem pouco original:</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Na minha opinião..."</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Logo, fique à vontade para ler, descartar, opinar ou ignorar, concordar ou discordar. </span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sempre fui uma criança gorda e gulosa, que afogava suas mágoas na comida. Ser gorda não era de todo um problema. Só era um problema quando eu resolvia acordar, sair da cama e conviver com as pessoas. Ninguém aguenta uma criança gorda, gulosa e dramática. Nem eu me aguentava..</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Durante a infância e o início da adolescência passei grande parte do tempo observando o mundo e tentando compreender o porquê de algumas coisas. Uma criança questionadora nunca foi uma coisa fácil de se levar, ainda mais quando, além de questionadora, era também portadora daquele viés dramático que eu comentei, do tipo "só acontece comigo". Convenhamos, infância não é um período tão feliz assim... Afinal, tanta coisa era praticada diferente da teoria... Em um certo momento acabei por achar a solução de grande parte dos meus problemas juvenis: o sarcasmo. Junto com o drama, foi responsável por causar/resolver uma boa parcela dos conflitos nos quais tive participação. Enfim, um pouco do meu sarcasmo foi controlado com algumas chineladas e mocas doloridas do meu pai. Porém, quando não havia esse controle, era fatal: eu deveria aprender a conviver com as consequências da situação na qual me envolvi por causa dessa minha mania de questionar, dramatizar, ironizar, não necessariamente nessa ordem.</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quanta coisa passa pela nossa vida e não conseguimos entender. No entanto, em alguns momentos eu tento buscar relações entre esse meu processo de engorda-emagrece e a construção da minha personalidade. Eu não fui educada para me preocupar com a aparência. Tomar banho, escovar os dentes e pentear os cabelos eram as únicas coisas cobradas pelos meus pais, fora os estudos, mas eles nunca precisaram me cobrar nada, sempre fui alguém que levou a escola com tranquilidade. Mas a forma de conduzir o cuidado com a aparência -e aí coloco como aparência mesmo, estética - nunca foi algo cobrado. Tínhamos um certo conforto, bolachas para o lanche e refrigerante nas refeições. Só que existia uma coisa que sempre me intrigou: a dona sustância.</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Meus pais tiveram uma infância com dificuldades severas. Dessa forma, na minha casa sempre pairou um fantasma da gulodice que era chamado por um nome, Sustância. Dona sustância habitava todas as refeições. Era preciso comer, comer muito, comer até ficar cheio (e não uso a palavra "satisfeito" propositalmente). E em qualquer situação, a comida era o pilar que sustentava esse sistema, seja em encontros familiares, saída com os amigos ou qualquer outra situação. Até a ida para a escola era motivado pela pergunta "e o lanche?". Contudo, por ser uma condição que não me causava estranhamento - afinal, comer é gostoso - eu não era capaz de perceber que aquilo era prejudicial para mim, que traria consequências severas para a minha saúde e se refletiriam na minha vida adulta com muitos quilos, colesterol alto e triglicerídios acima do normal.</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aí, é nessa hora que paro e penso: devo culpar alguém? Devo me culpar? </span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Bem, não sei se a culpa é algo que caiba nesse texto. Na verdade, culturalmente temos a maneira de se relacionar com a comida dessa forma, o que não quer dizer que é certo ou errado, dependendo daquilo que se entende como certo e errado. Comer é algo natural. Mas engordar, no caso, não é uma condição natural, é algo produzido por uma alimentação errada, pois todo corpo tem seus limites.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; margin-top: 10px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ser e estar gordo são condições diferentes. O peso biológico é passível de modificação, mas o peso emocional, a percepção dos seus limites são condicionados aquilo que você constrói como movimento de crescimento pessoal. Analisando bem o meu processo de crescimento e aumento de peso, percebo claramente que os momentos onde eu mais engordei foram aqueles onde a comida tornou-se um aditivo para o meu regojizo ou para o pranto. Pensar sobre a tristeza ou a alegria eram menos importantes do que comer por tristeza ou alegria. Mais que isso, para conseguir se perceber alegre ou triste, eram importante mastigar qualquer coisa. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; margin-top: 10px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Daí, se eu não fui educada para pensar nisso, é correto afirmar que eu sou produto de uma educação para uma cabeça gorda, porém sou capaz de questionar essa educação e construir uma nova maneira de me relacionar com a comida. Claro, a partir do momento que eu tenho esclarecimento sobre essa situação, posso fazer um movimento para modificá-lo.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 13px; line-height: 17.940000534057617px; margin-top: 10px; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas... ninguém disse que será fácil, certo?</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Rabisco feito pelo marido, ano passado.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-bdM756SyWBg/U483JovpjnI/AAAAAAAAAuw/v2UwdRlt1hU/s1600/FB_IMG_13589869524742044.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-bdM756SyWBg/U483JovpjnI/AAAAAAAAAuw/v2UwdRlt1hU/s1600/FB_IMG_13589869524742044.jpg" height="320" width="240" /></a></span></div>
</div>
Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-75079919687062380602014-05-25T19:09:00.001-03:002014-05-25T23:11:25.399-03:00Um novo comportamento<div style="text-align: justify;">
A determinação nunca foi o meu ponto forte. Como boa geminiana, sempre fui das mais dispersas, daquelas que começam diversas coisas, mas nunca terminam. Livros lidos pela metade, nossa, perdi as contas. Cursos, então, foram vários: canto, teatro, fotografia, umas duas pós, e... regimes. Da parte do início empolgado ao final desinteressado, são dias e dias que me fazem saber um pouco de tudo, mas não fechar ciclo nenhum.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fiquei pensando sobre isso quando fui ontem na minha mãe. Fiz um ano de casada no último dia 8 de maio, e já são dois anos morando fora da casa dos meus pais. No entanto, ainda tem tanta coisa minha lá que às vezes parece que a situação de casada é somente uma coisa temporária.</div>
<div style="text-align: justify;">
E não é.</div>
<div style="text-align: justify;">
Foi uma escolha. E muito bem escolhida, por sinal.</div>
<div style="text-align: justify;">
(nesse momento, marido revira os olhos e suspira - é, eu que sei...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;">*</span></div>
<div style="text-align: justify;">
Pausa para um tapa no marido pela gracinha, que morre de rir e pergunta "Que foi que eu fiz???"</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;">*</span></div>
<div style="text-align: justify;">
Resolvi que deveria mudar essa situação, pois ela reflete tudo aquilo que eu penso no momento: eu preciso quebrar esse ciclo de coisas inacabadas, preciso começar a fazer com que as coisas respeitem uma ordem natural de começo-meio-fim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não, não vou me rematricular em todos os cursos e ler todos os livros... Acontece que algumas vezes essas coisas já não são mais importantes pra gente, ou já não tem mais nada a ver com a nossa personalidade ou realidade de hoje. Mas nós continuamos carregando esse peso, esse carma, e deixando pra depois o momento de finalmente dar um ponto conclusivo nessa história.</div>
<div style="text-align: justify;">
Isso acontece com as coisas que a gente guarda e nunca se livra, que só entulham nossas prateleiras e armários. São cartas, livros, roupas, papéis de presentes, agendas e quinquilharias que ocupam o espaço das coisas novas e que realmente importam no momento presente da vida. Não digo que as lembranças são desnecessárias ou banais, mas pense: quanta coisa inútil a gente guarda por medo de se desprender? Quantas situações deixamos em aberto por puro egoísmo, medo, ou por não sabermos como resolver no momento, mas que continuam a nos incomodar por anos a fio? </div>
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<span style="color: white;">*</span></div>
<div style="text-align: justify;">
Já não há mais motivos para deixar de praticar o desapego. Passar pra frente aquilo que não serve mais, além de uma atitude corajosa, me faz pensar que eu estou fechando alguns capítulos em aberto. Sei que antes eu não era capaz, seja por imaturidade ou medo, mas hoje, frente a tudo aquilo pelo que já passei e aprendi, depois de ter vivido essas escolhas e processos de rompimento, dolorosos e cicatrizados, não há mais motivos para deixar acumular qualquer coisa que não seja experiência e felicidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não que eu vá abrir mão de tudo, mas apenas daquilo que não importa mais, já passou, pronto e acabado.</div>
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<span style="color: white;">*</span></div>
<div style="text-align: justify;">
Abri a porta do armário e retirei tudo aquilo que me pertencia - se bem que o irmão mais novo já tinha se dado ao trabalho de amontoar tudo em um espaço mínimo, afinal, ele queria um lugar a mais para guardar suas coisas... Peguei as roupas, bolsas e quinquilharias. Separei o que eu ia dar, o que ia jogar fora e o que levaria para casa. Voltei com um saquinho de mercado contendo 5 peças de roupas que ainda me agradavam. Ainda não consegui me livrar de tudo - ainda mais com uma mãe como a minha, acumuladora por natureza, dando assistência no processo - no entanto, me orgulho de ter dado um passo importante. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Afinal, emagrecer também é um processo de desprendimento. </div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://lh6.ggpht.com/-2R-E3aP8W6U/U4Jtb0D0wrI/AAAAAAAAAug/qkdCWZ43GyI/s1600/CAM00761%25257E2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="http://lh6.ggpht.com/-2R-E3aP8W6U/U4Jtb0D0wrI/AAAAAAAAAug/qkdCWZ43GyI/s640/CAM00761%25257E2.jpg" /> </a> </div>
Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-64127699212006738562014-05-04T22:55:00.001-03:002014-05-05T08:36:00.521-03:00Pequenas conquistas<div dir="ltr">
Comecei esse percurso em janeiro de 2014. Em cinco meses, começo a perceber as mudanças em meu corpo e - que felicidade! - muita coisa já mudou. <br />
Uma das razões principais para qualquer pessoa começar um processo de emagrecimento é a conhecida crise do "nada me serve". O corpo do obeso tem inimigo mortal, o guarda roupa. <br />
Ah, ser inanimado, que guarda desafios intransponíveis, obstáculos assustadores, guerras sangrentas... são botões que não fecham, é o zíper que não sobe, camisas com volumes sobrando, calças que não passam dos joelhos... E não há cinta que disfarce, também não adianta deitar na cama, nem dar pulinhos, essa calça não te serve mais e você terá que... comprar uma maior!!!<br />
Bem, isso não é novidade. Enquanto eu escrevia, passou um filme na minha cabeça, afinal, todos já passaram ou conhecem alguém que já fez esse ritual em casa. <br />
E eu estava ali, cinco meses depois de começar a dieta, pronta para encarar o armário mais uma vez. O que será de mim? Será que estou no caminho certo? Será que deu resultado?<br />
Peguei um short jeans. Olhei para ele, que me encarou com seu.tom azul desbotado. Aquele velho short jeans, companheiro de aventuras... será que você vai se tornar meu divisor de águas? <br />
Vesti.<br />
Passou pelo joelho. Respirei. Subi mais um pouco e ele deslizou pela coxa, abraçando meus quadris. Cheguei a cintura. "É agora", pensei. Juntei as duas mãos e segurei a respiração. Fechei os olhos. O botão passou pela casa. Abaixei meu polegar e o indicador, até sentir o metal do zíper. Puxei devagar...</div>
<div dir="ltr">
E subiu.</div>
<div dir="ltr">
Subiu? Subiu!!! Abri os olhos e soltei o ar. Uau! Eu estava vestindo um short que não servia há dois anos! Dois anos!!! <br />
Me enchi de orgulho e fui desfilar para o marido na sala, que sorriu e falou aquilo que todo marido fala: </div>
<div dir="ltr">
- Hmmmm, comprou roupa nova, é?</div>
<div dir="ltr">
Não, seu mané, melhor ainda! Vesti a roupa que não servia! E isso é MELHOR do que comprar qualquer roupa nova. Muito melhor!</div>
<div dir="ltr">
Aí virou festa. Fui tirando cada uma das peças do armário e experimentava, ficando cada vez mais alegre. Um vestido azul, um tomara-que-caia branco, calças jeans, blusinhas... cada uma das roupas tinha uma história, e era tão bom revê-las. Uma comemoração de ano novo, o aniversário da colega de trabalho, uma peça de teatro, uma viagem... e agora elas, que estavam esquecidas, novamente poderiam fazer parte da MINHA história, do meu momento. </div>
<div dir="ltr">
Deixar o passado e se fazer PRESENTE.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://lh6.ggpht.com/-LqaqCztSqRU/U2bvP-kQjQI/AAAAAAAAAr4/g3tMsH56cyw/s1600/CAM00658.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="http://lh6.ggpht.com/-LqaqCztSqRU/U2bvP-kQjQI/AAAAAAAAAr4/g3tMsH56cyw/s640/CAM00658.jpg" /> </a> </div>
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<a href="http://lh3.ggpht.com/-07DGF17bxtc/U2bvTlT6xBI/AAAAAAAAAsA/F8cYjZLpQfI/s1600/CAM00569.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="http://lh3.ggpht.com/-07DGF17bxtc/U2bvTlT6xBI/AAAAAAAAAsA/F8cYjZLpQfI/s640/CAM00569.jpg" /> </a> </div>
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<a href="http://lh3.ggpht.com/-wsZjGOwtySM/U2bvYlSqNLI/AAAAAAAAAsI/jEx-h6y13tY/s1600/CAM00597.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="http://lh3.ggpht.com/-wsZjGOwtySM/U2bvYlSqNLI/AAAAAAAAAsI/jEx-h6y13tY/s640/CAM00597.jpg" /> </a> </div>
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<a href="http://lh6.ggpht.com/-oeu12o7SVrI/U2bvdMY_90I/AAAAAAAAAsQ/cFQBEkSvWaw/s1600/CAM00574.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="http://lh6.ggpht.com/-oeu12o7SVrI/U2bvdMY_90I/AAAAAAAAAsQ/cFQBEkSvWaw/s640/CAM00574.jpg" /> </a> </div>
Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-15896680373630515282014-04-15T00:03:00.001-03:002014-04-15T00:04:23.619-03:00A meta<p dir=ltr>Eu tenho um histórico de emagrecimento recente, com um período recheado de alegrias e fracassos. É aquela velha história do efeito sanfona, o engorda-emagrece-engorda que todo gordo conhece bem. Após um período duro de restrições alimentares e exercícios diários, finalmente o gordo sente que a vitória está perto: os poucos quilos a serem eliminados provocam um sentimento de jogo vencido. Mas todos sabem que esse é um sentimento equivocado e, como no último campeonato carioca, nos minutos finais tudo pode mudar.<br>
Aconteceu comigo em 2005. Eu estava focada em uma dieta com um endócrino muito competente, mas um pouco demodé. Todos os quilos perdidos em seis meses foram recuperados em tempo igual ou inferior, afinal,o corpo havia mudado, já a cabeça...<br>
O gordo tem cabeça de gordo, sejamos sinceros. Somos glutões sem limites, sentimos prazer ao comer na mesma proporção que sentimos repulsa pelos corpos roliços e inchados. E retroalimentamos prazer, culpa, euforia, repulsa, como sentimentos limitados pelo nosso desejo de comer mais. E seguimos comendo.<br>
Três anos após essa primeira experiência, já determinada a mudar definitivamente, comecei minha segunda chance, novamente com acompanhamento médico de um médico endócrino, uma doutora excelente - tanto que nunca conseguia marcar horário... <br>
Com ela foram 16 KG. FIQUEI RADIANTE! Era eu, novamente magra, exuberante, linda... e frágil. Nessa época me permiti diversas experiências que nunca esquecerei - amizades, amores, lugares, cheiros. Era aquela vida, agitada, plural, pulsante, que eu reconhecia como meu desejo - e não envolvia comida!<br>
Então a vida foi se encarregando de voltar às formas que conhecemos. Nem sempre será colorida... mas poderá perceber cores diferentes àquele que só vê um tom? <br>
Eu estava novamente me entregando ao velho vício de comer para ser. Feliz ou triste, comer fazia mais sentido que qualquer situação. Não que eu fosse infeliz. Acontece que isso não tinha valor frente a comida. Comer, em vez de um ato necessário pra sobrevivência do corpo, era mais um aditivo pra alma.<br>
(Aquela história de alma de gordo? Verdade.)<br>
Percebi que essa realidade me deixava cada vez mais distante daquilo que ( me proporcionava uma vida plena e segura. Do alto dos meus 29 anos e 99kg, tomei coragem e disse: ou eu começo hoje, ou vou continuar me permitindo deixar essa vida cada vez mais fragmentada por café,  almoço e jantar.<br>
Então... comecei. E começar foi uma das decisões mais corajosas que poderia ter tomado. Afinal, você sabe, pro gordo começar - e depois desistir- não é difícil. Logo...<br>
A meta é... não desistir. Sem peso final ou medidas a alcançar, apenas pelo esforço.<br>
Vejo que isso é muito mais importante que "peso" ou medida, pois é a resultante de uma escolha completamente solitária. Ninguém emagrece ou engorda sozinho, mas essa decisão só pode ser tomada por um ser humano que se recusa a fazer seus próprios caprichos e ser escravo de suas vontades. <br>
É uma seta lançada, ou ela atinge o alvo... ou nada mais pode ser feito por ela enquanto despenca no ar.</p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="http://lh4.ggpht.com/-aXvNj8Mef1M/U0yhs3nwjzI/AAAAAAAAArg/9KlTATiuU9o/s1600/IMG_20140409_154657.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="http://lh4.ggpht.com/-aXvNj8Mef1M/U0yhs3nwjzI/AAAAAAAAArg/9KlTATiuU9o/s640/IMG_20140409_154657.jpg"> </a> </div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-70284094828844558702014-03-31T14:14:00.002-03:002014-03-31T14:14:47.620-03:00Não é só mais um post <div style="text-align: justify;">
Bem, vamos recomeçar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Às vezes caio na armadilha de achar que sou capaz de dar conta de tudo, basta me organizar. Balela. Sou fraca, preguiçosa, manhosa, tenho muita coisa para fazer e pouco tempo disponível. Mas não estou reclamando, foram minhas escolhas que me levaram a ser quem sou e, licença por permanecer redundante, continuar sendo quem eu sou é uma das coisas que mais tenho certeza na vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
Entretanto, a partir dessas escolhas, cria-se uma série de consequências tão ou mais bizarras quanto a vida cotidiana. Hoje tenho casa, marido, dois empregos e vários projetos pela frente. Sonhos de ser ou estar, viajar, criar, atuar, entre outros verbos que permeiam essas minhas escolhas. Alguns são alcançáveis, outros não serão tão brevemente. Só que algumas vezes tenho a infeliz mania de acreditar no "só que...". Essa expressão infeliz, "só que", é algo que estou tentando limar da minha vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
Veja, por exemplo, a frase "Eu poderia ser mãe antes dos 30, 'só que' ainda não tivemos um bebê". Ora, ter um bebê, nesse caso, não depende de certas escolhas. Quer dizer, até depende, mas também depende de um pouco de sorte, frequência, mira, bem... vocês entenderam. Ter um bebê não é o caso, foi só pra ilustrar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Agora, tome como exemplo a frase "Eu poderia ser magra, 'só que' tenho tendência a engordar." Ahhhh, quem nunca proferiu tamanha heresia... Tendência a engordar sempre foi a grande desculpa para enganar a própria consciência. Você não tem tendência a engordar, você tem inclinações para inventar histórias, isso sim. Criatividade pouca é bobagem para encobrir as verdadeiras razões para essa sina. </div>
<div style="text-align: justify;">
Você não engorda porque os deuses resolveram jogar um carma adiposo na sua existência. Você não engorda porque foi amaldiçoada ou deve carregar esse estigma como sua cruz. Você engorda porque você come. E come mal. E muito. E sempre. </div>
<div style="text-align: justify;">
Já passei por todas as fases de uma dieta. O começo difícil. Os primeiros quilos perdidos, a silhueta modificada, a estagnação. A retomada. A sensação de vitória. Final feliz?</div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que não. Porque não há final feliz se o seu comportamento não se modifica após essa nova conquista. Quando você retoma os velhos hábitos, não se preocupa mais em vigiar sua alimentação, ou quando você simplesmente não tem mais a disponibilidade para pensar na sua saúde que você tinha antes, está feito o estrago. E aí vem o fracasso. Amargo e cruel.</div>
<div style="text-align: justify;">
Daí surgem as desculpas, os "só que", entre outras pérolas que somente as pessoas que emagrecem e engordam sabem dizer. </div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, decepção e angústia são os sentimentos que já me consumiram por um tempo. Agora, surge a vontade de finalmente mudar o jogo. Emagrecer é o caminho para recuperar a saúde e deixar, de uma vez por todas, essa sina de "só que".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ah, mais do mesmo. Duvido", pensam os mais céticos. Para esses, um grande dedo do meio. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ah, vamos ver se agora ela toma jeito" dizem os mais críticos. Para esses, uma grande<b> F***-se!</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ah, oba, será que agora ela volta com o blog??? Se for, vou acompanhar!" pensam as pessoas que realmente me importam nesse momento. E se você é uma delas, comenta aí. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bem vindos de volta ao blog Cativando-me!</div>
Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-11827132652957008532013-05-26T19:58:00.000-03:002013-05-26T19:58:23.349-03:00Res-sus-ci-ta!<div style="text-align: justify;">
E suscita uma mudança na vida desse ser que vos fala!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois é. Cá estou de volta, gorda e mais velha - mas com o mesmo humor de sempre. </div>
<div style="text-align: justify;">
Devo reconhecer que o fracasso andou rondando o meu motivo principal para a criação desse blog. É, <i>fellas</i>, engordei. MUITO. Tudo aquilo que havia emagrecido e mais um pouco.</div>
<div style="text-align: justify;">
Reconheço que, ao acabar com a rotina da dieta, foi muito fácil recuperar e acrescentar todo o peso perdido. O danado soube voltar pra casa pelo mesmo caminho e se instalou, de mala e cuia, por todas as partes do meu corpo, criando dobrinhas, curvinhas, pochetezinhas e desfiladeiros que fizeram todo o trabalho passado virar somente uma vaga lembrança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Oh! Tragédia, tragédia...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até que não. A vida também mudou muito e eu não soube adaptar minhas necessidades a nova rotina. Não quero fazer daqui um mural de lamentações, porém, acho que seria interessante explicar as mudanças pelas quais passei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acompanhem:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1) Terminei um noivado-namoro de 11 anos em meados de 2011. Já tinha recuperado um pouco de peso, mas era algo remediável. Caí na gandaia e fui descobrir o maravilhoso mundo das solteiras. Isso inclui saídas quase diárias, bares, drinks e muitas porcarias. Reconheço, meti o pé na jaca legal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2) Passei em um concurso de professor de 40h e acumulei a carga horária de 22 e meia. Isso significa: dava aula de 7 às 22h, todos os dias. Com isso, precisei escolher se dormia ou malhava. Já deu pra perceber qual foi a escolha, certo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3) (e o melhor de todos) Conheci o cara mais legal do mundo, nos apaixonamos e resolvemos morar juntos, compartilhando as dores e delícias do casamento. Essa pessoa maravilhosa hoje é o meu marido. E que cozinha muito bem. MUITO bem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então... Agora, além de mim, tenho marido e casa pra cuidar. Ah, e as 62 horas e meia de trabalho continuam. Além daquela pressãozinha básica do "quando vem o bebê?"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fora umas histórias aqui e ali, costurando isso tudo, acabei deixando a preocupação com o peso pra lá. Gordo é foda, não pode emagrecer um pouco que acha que tá tudo certo e, como de costume, acaba fazendo gordice. Eu sei, eu faço, ué.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entretanto, hoje percebo que devo correr atrás do prejuízo, dar um bote nele, uma rasteira, rolar pelo chão, dar um mata-leão, imobilizá-lo e jogá-lo no cantinho do castigo, afinal, ele deve aprender que mexeu com a pessoa errada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Engordar, além de modificar sua aparência, te desestabiliza e faz você sofrer um autobullying. É como se a sua porção gorda roubasse toda sua disposição para levantar da cama e viver a vida de maneira saudável. Fora que as roupas pequenas acabam jogadas de lado e você diariamente padece daquela crise iminente do "não tenho o que vestir".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, uma história tem começo, meio e fim. Começamos hoje com tudo o que temos: muito trabalho pela frente, bastante disposição - e humor - para encarar os desafios. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos começar de novo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Me acompanha?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
;)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-31005789405972552312010-08-15T19:05:00.000-03:002010-08-15T20:28:58.414-03:00Um pouco de tudo...<div align="justify">Então...</div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc6600;">Muito bizarro essa parada de malhar, entende?</span></strong></div><div align="justify">No começo da semana eu estava com 76 kg, bonitinha e saltitante pois ia retornar para a malhação. E feliz também porque depois de muita insistência, mamãe resolveu começar a academia. Fui três vezes, fiz minha série direitinho, ainda pedi pro professor para fazermos uma nova, já que essa fez quatro meses - tudo bem que, nesses quatro meses, eu devo ter ido somente 15 dias, mas mesmo assim eu pedi - se é pra empolgar, empolguemo-nos, certo?</div><div align="justify">Minha série envolve muitos agacha-e-levanta, puxa-e-volta, afasta-e-recolhe, em cima e embaixo variados, com placas, pesos, roscas entre 4 e 50 kg, fora o transport e a esteira. Sem exagero, pra fazer tudo isso eu demoro <span style="color:#3366ff;"><strong>cerca de duas horas na academia</strong></span> e, pode parecer mentira, sem fazer corpo mole e sem bate-papo! Entro, começo o trabalho e termino sem parar pra discutir o capítulo da novela ou a política econômica mundial.</div><div align="justify">Enfim, mesmo depois dessa agitação toda, do esforço e da concentração - geminiano ter que ficar sem falar é dose, admita - fui subir na balança e, adivinha????</div><div align="justify">A desgraçada marcou<strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"> <span style="font-size:180%;"><span style="font-size:100%;">78KG!!!!!</span> SETENTA E OITO!!!!!!!</span> </span></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify">P*****RRA! Que diacho de malhação é essa que me faz ficar mais pesada sempre? E não me venham com a estória que é massa muscular, nem vem, não é massa muscular, isso é lenda urbana pois eu continuo do mesmo jeito. Se fosse massa muscular, eu já deveria estar a irmã do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Terry_Crews"><span style="color:#ff6600;">Terry Crews!</span></a> O pior mesmo é sentir o corpo inteiro dolorido depois da sessão tortura, , das 4 séries 15/12/12/10 com aumento de peso progressivo, dos 5' de transport entre-séries, do suor, do cabelo desgrenhado depois das 200 abdominais supra + 100 infra, do professor me acusar de fazer corpo mole a cada minuto que eu tento recobrar o fôlego, das meninas que parecem que passam rexona no corpo todo - por que só eu suo tanto, meu Deus?</div><div align="justify">Acho que eu não nasci pra isso mesmo. Juro que eu tento achar divertido, estimulante, tento ler sobre o assunto pra tentar me motivar. Mas outro dia foi o máximo e tive a certeza de que isso não é pra mim...</div><div align="justify">Uma das loirinhas-antitranspirantes puxou conversa comigo enquanto fazíamos abdominais em quadrantes próximos. Ela reclamou que o começo é sempre chato, eu concordei, emendando que depois a gente acostuma (pensamento positivo é o que há) Ela dizia que começou a malhar por recomendação médica, já que foi diagnosticada uma alteração na sua taxa de colesterol. Ela começou a fazer dieta par reduzí-lo e o médico recomendou que praticasse exercícios para ajudar a manter o índice baixo. Me identifiquei com o seu relato, pois tínhamos problemas semelhantes - afinal, uns dos meus pontapés iniciais pra desencadear o processo de emagrecimento foi o<a href="http://cativando-me.blogspot.com/2008/08/as-voltas-que-vida-d.html"><span style="color:#ff6600;"> colesterol</span></a>, lembra?</div><div align="justify">Daí ela começou a falar que procura nunca faltar e que tinha ficado um mês doente, mas mesmo doente ela só pensava em voltar a malhar, pois sempre que faltava ela se sentia "murcha". Eu argumentei que malhar tomava tempo, que às vezes é necessário dar prioridade às outras questões que fazem parte da nossa vida. Aí ela respondeu que mesmo assim ela tentava nunca faltar, pois malhar fazia bem para a saúde e a saúde era fundamental.</div><div align="justify">Fiquei com uma pontinha de culpa e fui recolhendo meu colchãozinho, depois de argumentos tão contundentes. Só pra tentar não parecer que tratava minha saúde com desleixo, falei que era professora - ah, fala sério, vai dizer que não é uma justificativa? - e que isso me tomava muito tempo. Mas que a entendia e achava que ela estava com a razão, não se pode deixar a saúde de lado e era preciso ir malhar todos os dias, arrumar tempo, até mesmo <em><span style="color:#336666;">INVENTAR</span></em> tempo para ir à academia. Ela sorriu e disse que era o melhor mesmo. </div><div align="justify">Por curiosidade, perguntei o que ela fazia, qual faculdade, trabalho, etc. Ela me olhou surpresa e balançou a cabeça "Não estou na faculdade não. Estou no terceiro ano ainda."</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify">Como é que é? </div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify">Terceiro ano do ensino médio?</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify">Ah, faça-me um favor: pegue toda essa sua sabedoria sobre tempo, saúde e prioridades e vá...............</div><div align="justify">*</div><div align="justify">*</div><div align="justify">*</div><div align="justify"><span style="color:#009900;">update: fui me pesar e a balança marcou 77,4kg. Acho que já desisti de entender essa história de "peso flexível"...</span></div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-70826187171314523002010-08-10T15:42:00.000-03:002010-08-10T16:51:22.786-03:00<div align="justify">Tenho pensado bastante nas coisas que acontecem comigo. É incrível com eu sou suscetível às mudanças que acontecem a todo o momento. Quando tudo vai do jeito que eu quero - beleza, tudo às mil maravilhas! - mas é só algo sair dos trilhos que pronto, lá se vão meses para recuperar o fôlego e continuar o projeto "corpo e mente sadios".</div><div align="justify">Eu tenho sentido muita falta de escrever e compartilhar minhas histórias aqui no blog, mas ao mesmo tempo me falta um empurrão, um impulso, uma faísca que me faça digitar o que ando pensando e sentindo. Esse post aqui, por exemplo, está quase sendo interrompido na próxima palavra, e se você leu até aqui, puxa, podemos considerar uma vitória, não?</div><div align="justify"> </div><div align="center">***</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Distrações não faltam. Nos últimos meses senti o cansaço que é dobrar no município do Rio. São cobranças que surgem inesperadamente, conteúdos que precisam ser "lançados" a qualquer custo, não importa como, pois no final do bimestre tem prova, ranking de escolas, 14º salário e bla-bla-bla! Fora que as minhas turminhas de terceiro ano fundamental não são lá grandes entusiastas do mundo letrado, todo dia é uma luta para despertar motivação nessas crianças. Ah, claro, isso sem contar meus 6 alunos analfabetos - e que hoje, graças a muita cobrança e disciplina, já conseguem ler palavras simples e formar frases - e os com problema disciplinares graves. </div><div align="justify"> </div><div align="center">***</div><div align="justify">Depois de cada dia de trabalho, chego em casa sem nenhuma energia, desgastada e chateada. Isso afetou não somente a minha rotina alimentar, mas também a financeira. Quer remédio melhor para aborrecimento que compras e comilanças? Falando bastante sério agora, sinto inveja das pessoas que vão a academia para desestressar. Gostaria de ser assim, juro. Seria uma grande vantagem.</div><div align="justify">Minha relação com a academia é um grande desastre. Acho um saco musculação, spinning, jump, aeróbica, aerofunk, aerojump, aeroplano e tudo mais! Só que é um mal necessário e não tem jeito, se eu não malhar, não emagreço. Meu corpo já emagreceu tudo que podia sem ajuda de exercícios, agora eles são fundamentais para atingir os ( até agora inalcançáveis) 65 kg. </div><div align="justify">Um cálculo rápido: estou na dieta desde agosto de 2008. Então, são dois anos completos nesse processo, que hoje estagnou nos 76-75 kg. No começo do ano a doutora passou a dieta sem carbs, maravilhosa no começo, mas que virou um pesadelo depois que voltei a trabalhar, pois no cardápio do município não existe maneira de "separar" a comidinha - e só dá para eu almoçar por lá. Somado a isso, vem o aborrecimento diário com as minhas peças raras, que despertam em mim toda aquela ansiedade que me faz atacar a geladeira, biscoitos e afins. Um desastre.</div><div align="justify"> </div><div align="center">***</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas pensar e reclamar da vida não adianta. E nem quero terminar o post com mensagens positivas, estilo "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". Não. Vou é parar de digitar, vestir umaa roupa decente e ir pra academia, pois já devem estar cheios dos meus mimimis. Vamos partir pra ação.</div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-92081824052260337392010-04-18T20:36:00.000-03:002010-04-18T21:09:06.527-03:00É que me dá uma preguiça...<div align="justify">Ando numa preguiça só. Daquelas de querer ver o tempo passar da janela do quarto enquanto escurece, os sons do dia vão sendo substituídos pelo som das buzinas dos engarrafamentos de fim de tarde, das panelas mexidas na hora do jantar, o boa noite do Willian Bonner, a musiquinha da novela das 8-que-na-verdade-começa-às-9, até que aquele fio de suspiro vem arrematar mais um dia e enfim, você dorme e tudo começa de novo. Acho que ando meio melancólica ultimamente. Na verdade, tenho preguiça até da melancolia. Tenho visto o tempo passar e pensado o que eu poderia fazer para começar de novo aquilo que me programei pra fazer. Já sei o plano de cor, falta executar. Mas dá uma preguiiiiiça...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Dá preguiça de acordar. De tomar banho de manhã. De caminhar até a escola. Dá preguiça de dar bom dia pros alunos, de chamar atenção, dá preguiça de elogiar. Dá preguiça de subir as escadas pra chegar em casa, dá preguiça de ir pra academia, de ligar pro noivo, de fazer as contasjunto com ele pra ver se o salário dá... dá preguiça de fazer o jantar, preguiça de lavar a louça. Dá preguiça de deitar pra dormir - é que de manhã deu preguiça de arrumar a cama e agora não consigo deitar vendo os lençóis embolados...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Sério, eu já pensei até em desativar o blog. Estava com preguiça de escrever. Preguiça de ler o jornal. De ver os e-mails. De acompanhar o twitter. Preguiça de qualquer coisa.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas aí me deu preguiça da preguiça. Só em uma mente louca como a minha isso faz sentido ou vocês conseguem me entender? Tenho andado distraída, impaciente, imprecisa. Parafraseando Renato - o Russo - ainda estou confusa, só que agora é diferente. Deu uma louca nessa preguicite toda e resolvi correr atrás do estrago. Nunca é tarde pra sair da janela e procurar uma porta.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Fiz um trato comigo, e eu quero me dar um presente esse ano. Um presente diferente, nada material. Quer dizer, tem matéria, mas não é bem de consumo. Na verdade, é consumível sim, visto o noivo e etc e tal, acredito que esse presente não é um mimo, um agrado para acalmar a ansiedade, mas uma conquista, algo sólido. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Sair do estado inerte foi o primeiro passo - e cansei da preguiça de verdade. Mesmo que ela venha e vença algumas vezes, não é o fim, apenas uma batalha. Se tenho inteligência para fazer relações e saber onde errei, dessa mesma inteligência posso tirar a solução para não errar mais. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O que é importante entender, de verdade, é que a vida tem fases, altos e baixos, mas é dinâmica e - pasmem - inédita. Se eu penso que é o fim da batalha hoje, amanhã terei mais 24 horas pra chegar a uma vitória, e depois mais 24, 36, 48, 72, por aí vai...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">No entanto, já gastei tempo demais com a preguiça, sendo essa uma atitude que não vale a pena, já que não me traz benefícios nenhum. Tenho que ser mais atenta aos meus desejos profundos, de mudanças positivas, deixando os supérfluos para depois. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">E principalmente, preciso ser mais franca e honesta comigo (já chega de me enganar com a preguiça). Que os familiares "só mais 5 minutinhos" só aconteçam quando eu estiver caminhando na esteira em direção à vitória.</div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-64237154171598311812010-01-25T14:55:00.000-02:002010-01-26T15:25:54.385-02:00Armadilhas diárias? Tô fora!<div align="justify">Fim de semana passou e resolvi fazer um balanço do que aconteceu. Acompanhem o relato:</div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;color:#33ccff;">- Sexta -</span> </strong></div><div align="justify">Cheguei da academia morta. Neste dia o professor estava com uma implicância contida contra mim, daí começou a dar pitacos na esteira (essa esteira pode ser mais rápida, né?), na última série de braço (faz quatro séries ao invés de três ok?) e resolveu até incluir exercícios (80 abdominais normais e 100 daquelas que se levanta o quadril). Ah é, tio? Tá achando que sou franguinha? Pois sorri pra ele e disse "Sei que você acredita no meu potencial para miss Brasil 2011". Fiz tudo que ele mandou e mais um pouco. Fiquei destruída, mas feliz. </div><div align="justify">Era tanta dor nos braços e pernas que nem senti fome. Saímos a noite para ver o Avatar 3D com meus pais, irmãos e primo. Chegamos morrendo de fome ao shopping e bateu aquela dúvida "onde comer?" Por conveniência, fomos ao subway, lojinha de sanduíches. Tremi... lembrei da cara da endócrino dizendo "- Pão NÃO PODE!" E agora José?</div><div align="justify">Bem, a escolha mais certa nessa hora seria não comer. E desmaiar no meio do filme, óbvio. Cercada de mcdonald's, bob's e afins, vamos ver que tem no subway mesmo...</div><div align="justify">Dividi com o Marcos um sanduíche no pão integral, com salada e frango teriaky. Delicinha. E dividindo não fica ruim pra ninguém.</div><div align="justify">Sem pipoca e refri, sobrevivi ao filme feliz da vida - mas cheia de dor nos braços e pernas. Chegando em casa, caí na gelatina.</div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="color:#339999;"></span></strong><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#339999;">- Sábado -</span></strong> </span></div><div align="justify"></div><div align="justify">Um dia normal e tranquilo, exceto pela noite. Aniversário de um amigo num barzinho... vixe, foi uma noite e tanto. Belisquei alguns frangos a passarinho e fiquei na coca zero. Não bebo, não gosto.</div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:180%;color:#3366ff;"><strong>- Domingo -</strong></span> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Esse foi difícil. Muito difícil. Começou no café, quando abriram um chocottone que tinha restado do Natal. Olhei, cheirei, desejei, mas não comi. Ponto pra mim. Depois saímos para casa de um amigo. As horas passando e a fome apertando, fomos ao shopping. Acabamos escolhendo o restaurante com menos fila. O cardápio tinha opções bastante legais, mas todos os acompanhantes optaram pelo rodízio de pizzas.</div><div align="justify">Me vi no hell máximo. De um lado, fatias de calabresa, na frente, 4 queijos, do lado, pizza de brownie com sorvete. Até o namorido resolveu cair no rodízio também. </div><div align="justify">Firme, contive todos os ímpetos e escolhi salmão e salada. O prato demorou horrores, a fome apertava e as pessoas mastigavam a minha volta. ÓDIO. O namorido virou pra mim e perguntou se estava tudo bem ele comer no rodízio, pois eu estava com a cara amarrada. Esses homens... adoram se arriscar...</div><div align="justify">Já era mais de três da tarde. Vontade de chorar; fome; mais ódio do garçon. Até fui um pouco grossa com a garçonete, que argumentou que o prato levava 20 minutos. Disse que ela só tinha mais 5 - po, 20 minutos para salada e salmão???? Surtiu efeito e o prato chegou. Ataquei a comida, o namorido quis provar um pouquinho e não deixei - vá se atracar aí com tuas pizzas, vá!</div><div align="justify">Mais tarde - beeeeem mais tarde - fomos a casa de outro amigo. A fome já dava sinais de incômodo. O que fazer? Olhei pra mesa do lanchinho (pão, bolo, pão, refrigerante, pão, requeijão, pão,rocambole, pão, PÃO, <strong><span style="font-size:180%;">PÃO</span></strong>). Caraca... pra enrolar, tentei tomar água, mas já estava com dor de cabeça. E o namorido não dava sinais que largaria o Resident Evil tão cedo. Peguei uma fatia de pão de forma e espalhei uma rapa de requeijão. Mastiguei horas, repassando o mantra sagrado "perdoe-me, doutora, sei que a desapontei" mentalmente.</div><div align="justify"></div><div align="center"><strong>***</strong></div><div align="justify"></div><div align="justify">Cada dia a dieta fica mais fácil, pois o corpo se acostuma a comer menos. Agora, difícil é resistir às tentações ou falta de substitutos. Não sou fresca pra comer, só não gosto de comer fora de hora. E acredito que concessões não são o fim do mundo, mas é preciso ter inteligência e bom senso pra não fazer disso um hábito pra fugir da dieta.</div><div align="justify">Na verdade, a bronca é pra mim. Afinal, se eu não estivesse dessa jeito, isso não seria necessário, né?</div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-70604038038654768202010-01-22T13:39:00.000-02:002010-01-22T14:17:42.778-02:00Lasanha de berinjela<div align="justify">Hoje acordei com uma ideia fixa na cabeça: TERIA que aprender a cozinhar berinjela. Mas não de qualquer jeito. Eu queria era gostar de cozinhar a joça da berinjela. Gostar de comer a berinjela, desfrutar da berinjela, <strong>desejar </strong>a berinjela.</div><div align="justify">Não estou grávida, antes que me perguntem. Como o Marcos já profetizou, eu só vou engravidar depois que chegar aos 65 - uma daquelas peças que a vida prega na gente. Eu só PRECISAVA dominar a técnica da berinjela. Tipo um desafio. Ou maluquice mesmo, chame como quiser.</div><div align="justify">Peguei as três berinjelas que estavam na geladeira e fiquei encarando aqueles legumes fashion. Berinjela é cor da moda. Mas como ficaria cozida?</div><div align="justify">Peguei o note e levei pra cozinha. Abri a abinha do São Google e digitei "pratos com berinjela". Descobri que dá pra fazer bastante coisa com a bendita. Canelones. Sopas. Suco (!) contra o colesterol.... menos, menos, vamos tentar algo mais ameno. Lasanha. Gostei da receita. E, magicamente, tinha todos os ingredientes na geladeira. </div><div align="justify">Difícil foi cortar a berinjela em fatias. Elas não são muito anatômicas... ou eu que sou mesmo muito desastrada. A receita mandava ferver as fatias até ficarem transparentes - quesqueçá, como assim transparentes? Fiquei olhando a água fervendo com as fatias dentro, esperando pra ver se ficavam transparentes mesmo. Desliguei o fogo antes que elas derretessem por completo. Ainda mando um e-mail malcriado pra quem falou que berinjelas ficam transparentes...</div><div align="justify">Aí tinha o molho. Pediam duas latas de molho de tomate. Ô moço, eu só tenho de saquinho, vale?</div><div align="justify">Resolvi fazer um molho diferente do que mandava a receita. Alho, cebola, tomate, pimentão, salsa, cebolinha, coentro, manjericão, louro, molho e - tcharam, o toque - requeijão! Ficou bom. Nada, vamos deixar a modéstia de lado, ficou MUITO bom. </div><div align="justify">Catei os presuntos, blanquets e mussarelas da geladeira e comecei a montar a escultura, digo, a lasanha. Foi meio difícil fazer camadas com as fatias berinjélicas molengas (transparentes...humpf, só se forem as dele...), fiz as camadas molho-berinjela-molho-presunto-queijo-molho-berinjela e assim, sucessivamente, acabei montando o prato mais charmoso que já fiz. No final, joguei aquela quantidade de queijo parmesão considerável e taquei no forno. Agora era rezar, digo, esperar.</div><div align="justify"></div><div align="center"><strong>***</strong></div><div align="center"><strong></strong> </div><div align="center"></div><div align="justify">Como só minha mãe parecia disposta ao sacrifício de experimentar a iguaria, mandei pro forno batatas e peixe, porque tem gente aqui em casa que não gosta de fortes emoções. Caprichei também na saladinha crocante - repolho e beterraba raladinhos - e na salada verde. No mais, seria um plano B, caso eu também não aprovasse o resultado.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="center"><strong>***</strong></div><div align="justify"></div><div align="justify">Uma hora depois - sim, meu fogão é um molenga - tirei do forno aquela peça gratinada, cheirosa e com uma aparência suculenta. Mesa posta, tirei meu pedaço, fiz o sinal da cruz e caí dentro. Ficou ótima. Muito boa mesmo. Meu pai olhou gulosamente e perguntou o que era aquilo. Depois fechou a cara - Pô, berinjela? Eu detesto berinjela!</div><div align="justify">Mas aí vem o pulo do gato: fiquem sabendo que berinjela não tem gosto. Tentei argumentar com ele sobre essa característica dela, mas ele ficou irredutível. Azar. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Definitivamente, lasanha de berinjela não deve nada à lasanha normal. E ainda tem o barato de ser menos calórica. Escolhendo os ingredientes certos, você faz um prato que sustenta - afinal, ninguém gosta de sentir fome pouco depois da refeição, mas esse é o mal da dieta... - e que tem sabor de sobra. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Acredite. Vale a pena experimentar.</div><div align="justify"></div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-35860391055183515192010-01-20T23:34:00.000-02:002010-01-20T23:43:12.143-02:00Das dores<div align="center">Parte das plantas dos pés, inocente</div><div align="center">Sobe pela canela-quase-torcida e continua pela panturrilha</div><div align="center">Compreende o joelho e espalha-se pela coxa</div><div align="center">Sobe sorrateiramente pela virilha,</div><div align="center">(ah, não sabia que podia estar lá também)</div><div align="center">Alterna costas, costelas e abdome</div><div align="center">Alcança os ombros, e as articulações latejantes gritam</div><div align="center">A coluna sustenta um trapo de figura humana que se contorce </div><div align="center">tentando esticar e domesticar o que restou</div><div align="center">Aquieta-se. Descansa. </div><div align="center">Some.</div><br />Só até a próxima ida a academia... ai.Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-2530748692683558162010-01-18T12:59:00.000-02:002010-01-18T13:22:49.961-02:00A batalha<div align="justify">Na semana passada levei aquela bronca que eu já esperava: doutora me recebeu com um olhar de lado e pensei "lá vem...". Papo vai, papo vem, falei das minhas fraquezas e escapadas - ela com o tom de reprovação de sempre, pediu que eu tomasse jeito, afinal, já era hora de mostrar algum resultado positivo. </div><div align="justify">Chegamos na hora da pesagem e veio a bomba: 77 kg. Arregalei os olhos, incrédula com aquele marcador. Tudo bem, a balança dela normalmente indica um peso acima das demais, só que dessa vez ela me derrubou! Setenta e sete? Que isso...</div><div align="justify">Juntei os caquinhos da minha cara e fui sentar do lado da mesinha, esperando a bronca - que veio bem seca: vamos emagrecer, dona Marcela?</div><div align="justify">Tentei lamuriar que fim de ano é assim mesmo, tem rabanada, churrasquinho, pavezinho, entre outros docinhos e salgadinhos. Ou seja, tentei jogar a culpa no calendário. Ela, que já conhece bem essa lenga lenga de gordinhos, foi diretamente no ponto fraco e mudou a dieta. O problema é docinho? Tá proibido. Pão? Tá proibido. Pensar? Tá proibido também. Agora vamos só executar.</div><div align="justify">Dona Marcela agora está numa dieta restritiva: dieta de proteínas, toma lá, vê se agora se ajeita.</div><div align="justify">Como não podia ser diferente, aceitei o desafio - e ai de mim se não aceitasse, capaz dela me tacar o estetoscópio na cabeça...</div><div align="justify"> </div><div align="center">***</div><div align="center"> </div><div align="justify">Estou motivada. Me matriculei na academia. E é claro, fiz disso um motivo para comprar roupas novas, rs.</div><div align="justify"> </div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-1287317928306171432009-12-30T13:50:00.000-02:002009-12-30T14:42:02.556-02:00Notícias do front (ou "ressuscitando - velhas resoluções de ano novo de novo")<div align="justify">Deixando de lado a preguiça e o marasmo desse fim de ano - chuva que não acaba mais, não me deixando aproveitar essa quarta-feira de férias - resolvi tomar vergonha e voltar à ativa nesse blog, pois já tem vários meses que não dou as caras por aqui... Até aí tudo bem, visto que nada na vida é regular, e são as surpresas que nos deixam agradecidos pelo dom de poder aproveitar cada dia como uma novidade pronta a ser descoberta.</div><div align="justify">Ok, confesso, era preguiça mesmo. E estresse. MUITO estresse. Tanto que, depois da cirurgia, tinha conseguido bater lá na casa dos 71 - a menina aqui estava fenomenal, deixando a humildade lá em 2009... Só que o retorno foi pior que a partida e tive a infelicidade de recuperar 4 kg de outubro pra cá - <em>shame on me...</em> </div><div align="justify"> </div><div align="center">***</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Fim de ano é pedreira pra quem é professor. A gente trabalha o ano inteiro, mas no fim é pior... Festinhas, ensaios, provas, recuperação, dá ponto aqui, entrega boletim dali, faz relatório, arruma sala, ai, que vontade de gritar! Ainda estou aprendendo a me organizar nessa vida de "tia". Pô, não é fácil... quase não sobrava fim na minha semana. Até o namorido sentiu. Ainda tinha a pós - que foi sumariamente limada da minha vida após dois meses de discordância com método e conteúdo - sou professora, não sou membro de terapia em grupo! </div><div align="justify">Pequei pois fui descontar esse monte de estresse em sorvetes, pães, pudins, entre outras travessuras e gostosuras gastronômicas. E é claro, depois da cirurgia a atividade física estava suspensa, daí foi fácil descambar desse jeito. Caramba... acho que tem meses que não vou na endócrino... putz, mereço, não mereço? Podem esculachar.... rs</div><div align="center"> </div><div align="center">***</div><div align="center"> </div><div align="justify">Bem, como o post tem como título alternativo "velhas resoluções de ano novo - de novo", vou deixar aqui registrado 5 principais atitudes a mudar/realizar em 2010:</div><div align="justify"> </div><div align="justify">1- <em><strong>Encontrar uma pós que me motive</strong></em>: se é pra pagar, que seja pelo menos algo que me dê tesão. Não quero trabalhar para pagar uma pós que me deixa entendiada e sem perspectiva. Meu erro foi olhar nome ao invés de me aprofundar numa pesquisa prévia. Não quero repetir esse erro.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">2- <strong><em>Trabalhar quando estiver no trabalho</em></strong>: é claro que professor sempre leva trabalho pra casa, mas tudo tem limite. Cheguei a um ponto de não conseguir estabelecer uma separação entre responsabilidade do trabalho e aquilo que ia além disso, o resultado foi fins de semana que eram pra ser de descanso ficando sempre "para o próximo, pois tenho que trabalhar". Isso me fez um mal... Logo, cumprir as obrigações do trabalho <strong>no trabalho</strong> vai me ajudar a relaxar nos momentos apropriados. E sem corpo mole!</div><div align="justify"> </div><div align="justify">3- <strong><em>Voltar às atividades físicas:</em></strong> o cirurgião falou que em janeiro já poderia voltar a malhar e é isso que eu quero fazer mesmo. 'Tô sentindo falta. Parece clichê de fim de ano, mas dessa vez é pra valer. Juro.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">4-<strong> <em>Poupar:</em></strong> seja pra casar - ai, ai, dream a little dream - ou viajar, ou trocar de carro, sei lá! Mas iniciar uma poupança é extremamente importante para mim. Não gastar com supérfluos é difícil - principalmente quando se trabalha nas escolas do município do Rio, com suas feirinhas ambulantes... deixa quieto... - mas acredito que com planejamento, auto-controle e foco a gente vai conseguir fazer uma grande conquista. Né, seu Marcos?</div><div align="justify"> </div><div align="justify">5- <strong><em>Chegar aos 65 kg:</em></strong> tá, ok, eu tinha planejado isso para 2010. Mas levando em consideração que eu consegui manter-me na casa dos 75, em média, durante todo o ano de 2009, emagrecer o que falta em 2010 não é nada de inalcançável. Agora o corpo (e a dona dele) já se acostumou com a nova forma, logo, falta cumprir a meta. Não que eu esteja mal como estou. Longe disso. </div><div align="justify">E novamente, a modéstia fica em 2009... rs</div><div align="justify"> </div><div align="center">***</div><div align="center"> </div><div align="justify">Pra finalizar o post com muito estilo, acho que 2009 me serviu como grande desafio para descobir o que eu realmente quero dessa vida. Descobri que quero mesmo casar, ter uma vida saudável, com prazer, emoção e tranquilidade na medida. Não quero mais excessos, seja de comida, seja de compras, seja lá o que for. Vamos optar pelo caminho do meio termo. Depois, se for o caso, a gente revê essa listinha de resoluções e muda, acrescenta, retira, o que for necessário pra nos fazer feliz. </div><div align="justify">Fiz algumas escolhas difíceis nesse fim de ano, deixei pessoas que amo de coração pra encarar novos desafios profissionais, mas acredito que não me arrependerei de ter tentado. Afinal, olhar pra trás e se descobrir como uma pessoa que marca aqueles que a rodeiam é bastante gratificante. No entanto, há o momento certo para saber quando mudar, acredito que esse tenha sido o meu. Tenho muito a agradecer pelo que aprendi naquele naquele espaço em que convivi com pessoas maravilhosas - muito obrigado, por tudo, CFSA.</div><div align="justify"> </div><div align="center">***</div><div align="center"> </div><div align="center">Feliz ano novo pra todos! Um grande ano nos espera, façamos dele aquilo que desejarmos!</div><div align="justify"> </div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-15647141243748292722009-08-23T22:24:00.000-03:002009-08-24T01:57:30.129-03:00Bem amigos da Rede Blogger<div align="justify">Nesses tempos de gripe, recessos e tudo mais, fiquei de bob em casa mais tempo do que esperava. Na última semana voltei ao trabalho na escola particular. O município extendeu o recesso por mais uma semana, para as turmas do EI até o 3º ano (meu caso). Agora tenho que me preparar pra corrida que será a minha vida a partir de amanhã. Como será? Cara, nem eu sei. A minha turma à tarde vai sair às 17 e 30 até o fim do ano. Antes, saíam 17h. Ou seja, terei que chegar na UERJ em 30 hora. E é lógico que é impossível.</div><div align="justify">Mas não seria a minha vida sem um pouco de drama né?</div><div align="justify">Se bem que nesses dias, tá mais pra thriller psicológico...</div><div align="justify"></div><div align="center">***</div><div align="justify"></div><div align="justify">Bem, passei bom tempo nessas férias prolongadas pensando no meu guarda-roupa. Tem umas coisas que eu fico olhando e me pergunto: mas quem foi que comprou essa joça? Lá estava eu tentando arrumar coisa decente pra vestir ontem para ir a um barzinho com uns amigos. Eu acho que só não tive um surto porque...ah, porque detesto frescura!</div><div align="justify">Mas fiquei pensando em coisas que eu poderia descartar sumariamente, outras que não cabem mais, outras que ainda vão caber. Mulher tinha que ter direito a vale-vestuário, incorporado ao salário. Fala a verdade, não seria um grande avanço?</div><div align="justify">Eu não posso dizer que não sou consumista. Mas sou consumista por necessidade. Pô, sou professora! Não tem nada mais desagradável do que abrir o armário e ver que todas as suas roupas passam essa ideia - de um armário de professora. Roupas sóbrias, parecidas entre si, saltos baixos, decotes discretos, bahhhhhh.... que monotonia! E não tem jeito, a gente acaba com as roupas, com os sapatos, com as unhas... tudo em prol da educação.</div><div align="justify">Sempre invejei aquelas unhas loooongas, vermeeeeelhas, com a cutícula impecável. Já as minhas, estavam sempre sem esmalte, por fazer. E como são fracas, nunca tive aquela mão estilo she-wolf da Shakira.</div><div align="justify">Só que nessas férias suínas, matei o tempo fazendo um tour por vários blogs de moçoilas que não tem o meu problema, assisti tutoriais - deprimente, pode falar... - e, tcharam! aprendi a cuidar melhor das minhas mãos. O que pra mim vai ser um lucro danado, porque não vou ter tempo nenhum pra gastar no salão nas próximas semanas.</div><div align="center"></div><div align="center">***</div><div align="justify"></div><div align="justify">Vitórias estéticas à parte, vamos falar de emagrecimento. Tipo, estacionei. Mas já tô correndo atrás (olha o marketing subliminar, ó) do prejuízo e me comprometi a chegar a 73, no mínimo, na próxima consulta com a doutora. Ela receitou Lipblock, um bloqueador de gorduras. Não sei se isso vai me ajudar com alguma coisa, mas... ela que sabe né? </div><div align="justify">No entanto, até ando me achando mais bacana e bonita. O meu cabelo está maior, e acho que isso ajuda a equilibrar a silhueta - aaaaaai, que desculpa esfarrapada - já que eu tenho o rosto redondo - como se não soubéssemos o motivo, não?</div><div align="center"></div><div align="center">***</div><div align="center"></div><div align="justify">Meu noivo e eu faremos 10 anos de relacionamento no próximo dia 11. 10 anos, tá ligado, DEZ! O que eu posso fazer de especial pra marcar a data? Vamos ajudar a colega aqui gente, do jeito que as coisas vão ficar, acho que toda a minha criatividade vai se esvair rapidamente...</div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-48113961857495549332009-08-03T18:52:00.000-03:002009-08-04T22:59:29.518-03:001 ANO CORRENDO ATRÁS!<div align="justify"><span style="font-size:180%;color:#999900;">- Sua relapsa!</span></div><div align="justify"><span style="font-size:180%;"></span> </div><div align="justify"></div><div align="justify">CARACA! Dia 31 fiz ano de cativando-me/correndo atrás. Sabia que já tinha 1 ano de corrida, mas nem tinha me ligado na data. 1 ano cara... 14 kg eliminados nesse processo. Coisa boa, heim?</div><div align="justify"></div><div align="justify">Gente, desculpa, mas não temos muito o que comemorar. Há meses não emagreço - não era esse o objetivo do blog, falar de emagrecimento? - e tenho sentido muito mais apreço pela comida. Lembro que já no comecinho do blog, percebi que dava mais importância pra comida do que ela realmente merecia. E com isso, tive força para entender que esse comportamento não é normal, já que comida - pasmem - tem a única função de alimentar. </div><div align="justify">Mas alimentar o que?</div><div align="justify">Esse é exatamente o ponto que preciso resolver, pois sinto que perdi a medida. Alimentar é diferente de comer. Vamos aos significados parcialmente definitivos -ui, enrolei e falei bonito agora - das palavras. Resumindo, é o seguinte:</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">***</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="color:#006600;">Alimentar: Nutrir-se, sustentar-se.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#006600;">Comer: Introduzir (alimentos) no estômago, pela boca, mastigando-os e engolindo-os/gastar em comida/destruir, consumir/corroer.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#ffffff;">***</span></strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong>Logo, percebe-se que as palavras podem ter sentidos parecidos, mas não sinônimos, visto que comer não tem a mesma finalidade que alimentar-se. E é exatamente esse o grande erro que nós, gordinhas/ex-gordinhas ou quase isso, cometemos quando substituímos o verdadeiro sentido de um pelo outro.</strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#ffffff;">*</span></strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify">Alimentar-se é saber o que o corpo precisa e dar a ele esse algo, sem exageros. Comer é um ato mecânico, instintivo, automático, que nos afasta cada vez mais da meta se realizado sem reflexão.</div><div align="justify"></div><div align="justify">A correria diária - e isso é outra coisa que eu ando pensando bastante, mas fica pra outro post - não permite que a pessoa pense sobre o ato da alimentação. Todas as vezes que vou almoçar, jantar, lanchar, eu quero coordenar uma outra atividade com aquele momento. Afinal, prestar atençao somente no alimento parece perda de tempo, já que sigo no ritmo da correria, vamos ver se eu consigo escutar a tevê, conversar com as colegas, me inteirar dos comunicados, falar com o namorado no celular, ler o jornal, etc, etc, etc.</div><div align="justify">Assim, geralmente acontece aquela velha situação conhecida por quem lê sobre/faz dieta: a gente come mais do que deveria, não mastiga, engole tudo e acabou. Depois sofre na balança, no provador, no banheiro, e por aí vai.</div><div align="justify"> </div><div align="center"><span style="color:#990000;">***</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Gente, realiza: todo mundo sabe a teoria da parada. Sabe onde erra. Mas daí a consertar o erro e passar a fazer direito, complica. Todo mundo sabe que:</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">A) <em>Unzinho só</em> não existe. Assim como também não existe <em>só hoje.</em> Permirtir-se algo proibido na dieta - porque a restrição é uma escolha que vem junto com as dietas e isso é inevitável - é descambar para a permissividade, que tende ao fracasso.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">B) Belisquetes e pedacinhos são os grandes causadores da <strong><span style="color:#330033;">síndrome da balança estática</span></strong> e estão diretamente relacionados com o item a.</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">C) Coca zero não é água.</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">D) Iogurte light não é água.</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">E) Beber muita Água faz diferença, mesmo que você teime que não.</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">f*</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">F) Fazer dieta é contar caloria, olhar embalagem, recusar bolinho da vó, salgadinho do namorado, tornar-se chata, paranóica, pragmática e anti-social. É uma escolha difícil e dolorosa, mas só enquanto você pensa que está perdendo muita coisa porque não está.... comendo!</div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">*</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">Caramba, eu pensava que a partir do momento que eu entendesse isso, tudo ficaria fácil, cristalino, tipo a estrada dos tijolos dourados. Mas não é bem assim. O cotidiano faz a gente esquecer das motivações que nos impulsionaram nessa empreitada, temos pressa de chegar lá, medo de fracassar. E quando estamos desanimadas, ao invés de procurar consolo em coisas inocentes (a música, a dança, a natureza, o colo do namorado) corremos para a televisão, com suas mulheres perfeitas e inalcançáveis, que nos deprimem ainda mais, nos arrastamos para a porta da geladeira/armário, que nos deprime mais um pouco, trotamos para os rodízios de pizza/barzinhos/cinema-com-pipoca-e-refrigerante às sextas feiras, pois nada como os amigos reunidos para levantar nosso astral. <span style="color:#ff6600;">Os programas, a diversão, a existência precisa sempre estar atrelada à presença de comida?</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;"></span> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Eu me questiono sempre sobre isso, mas mesmo assim ligo chorosa pro namorido e digo que "preciso ir no mcdonald's porque estou chateada com a vida". Ele logo me dá um puxão de orelha -ele é ótimo nisso- e me bota no eixo, mas acho que não deveria ser ele a me abrir os olhos. Afinal, professora que escolhi ser, deveria saber, mas que qualquer um, que mcdonalds não é o melhor lugar para encontrar alimentos saudáveis...</div><div align="justify"></div><div align="justify">Sofro diariamente com as minhas idiossincrasias, ás vezes fazendo piada, às vezes questionando, às vezes indo na onda. Momentaneamente, encontro-me estagnada em um peso que recuperei na época de descontrole extremo. Estou voltando lentamente ao eixo, quero motivar-me, voltar a sentir a paixão que despertou a vontade de emagrecer, paixão por mim mesma, vontade de me agradar, dar o melhor que eu puder pra conquistar essa meta.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Emagrecer não deve mais ser um sonho projetado para um futuro que pode-vir-a-ser real. <span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>É REAL</strong></span>, eu já emagreço, eu já consigo, falta continuar, persistir, acreditar nessa realidade. Lembrar que comer não é a mesma coisa que alimentar-se. Planejar minha alimentação. <span style="color:#3333ff;">Gastar tempo com isso não é perder tempo, é investir num processo que acontece diariamente. Assim como o alcóolatra - a comparação é over mesmo, fazer o que? - devemos contar todos os dias como uma conquista, bitolar mesmo. Reeducar-se através da disciplina.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify">Mesmo que não queira reconhecer, o gordo só é gordo porque é indisciplinado. Eu sou. Meu pai é. Para mudar isso, basta querer. Mas não "querer a fórmula mágica". <em>QUERER</em> de verdade e trabalhar pra isso.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Fórmula mágica não tem. Como diz aquela cena dos melhores do mundo que, tetricamente, é velha mas super atual, "A fórmula mágica morreu! Pegou gripe e mor-reu! Ou tu quer levar uma p*rrada?"</div><div align="justify">É... eu sei que não foi engraçado. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="center"><span style="color:#cc0000;">***</span></div><div align="center"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="color:#000099;">E parabéns para o blog, que fez um ano e tá aí, firme, forte, garboso. Mas acho que vou mudar o nome, porque acho que correndo atrás dá a sensação que eu nunca vou chegar... </span></div><div align="justify"><span style="color:#000099;">Ou será que eu tô muito pessimista?</span></div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-34796898420094843522009-08-02T11:00:00.000-03:002009-08-02T11:13:22.889-03:00Depois do recessoDescansei bastante durante o recesso. Descansei MESMO. Claro, com a chuva, interminável, não havia muito o que fazer. Fora a gripe rondando a área. Descuidei um pouco da dieta, mas a endócrino está confiante que eu chego aos 65 até o final do ano. Uma Fofa.<br />Quero fazer uma grande mudança nesse final de ano. Mesmo que eu tenha a certeza que ou ficar super esquisita com 65 kg, é algo que preciso ver com meus próprios olhos. Se eu consegui antes, por que não iria conseguir agora? Foco e meta, vai dar certo.<br /><br /><div align="center">***</div><div align="center"> </div>Ando sentindo uma saudade imensa da musculação. Mas ainda tô quebrando a cabeça pra saber o que faço com relação a isso. Vou começar a pós em agosto, isso vai me tomar três noites durante a semana - sendo que trabalho o dia todo. Daí, sobram duas noites (quinta e sexta) e uma manhã (sábado) pra meter as caras na academia. Mas me inscrevi em outro curso aos sábados, quinzenal e pela manhã. Como estou em um período de contenção de despesas (de novo... aff), me vem a pena de dar $$ na academia e depois ficar impossível de frequentar. Oh god...<br /><br /><div align="center">***</div>Resolvi que preciso investir nessa carreira que escolhi. Se é pra magistério que estudei, beleza, como podemos melhorar? Dicas, por favor.<br /><br /><div align="center">***</div><div align="center"> </div><div align="left">Ah, um grande beijo para amigos, familiares e Namorido. Amo vocês de paixão!</div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-21301258314953523372009-07-06T19:53:00.000-03:002009-07-06T20:10:52.324-03:00Mais um mês... e aí?<div align="justify">Juro, quando as férias chegarem, vou dormir um dia inteiro. 24 horas dormindo. Será que eu consigo?</div><div align="justify">Provavelmente já terão tantas coisas planejadas que nem vai dar tempo...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Durante os últimos dias (sobre)vivi uma série de eventos que deixaram tudo bastante confuso. De uma epidemia de virose - que derrubou cinco daqui de casa, incluindo o noivo e eu - até um dia inteiro de festa junina. Uma embolação só de músicas, paçocas, coreografias, provas, relatórios sem fim. E nesse meio tempo eu, tentando emagrecer.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Descobri certas coisas que podem me ajudar. Por exemplo: eu me amo. É claro que isso eu já sabia, mas tinha deixado meio escondido num canto sem importância. Fiz questão de ir até lá, soprar a poeirinha e me deixar apaixonar novamente por mim. Isso significa prestar atenção no que faço, no que falo e principalmente no que como. Descobri que voltei a pensar em comida como remédio. Tô com raiva, quero um mcdonald's. Cansada? Nada melhor do que sorvete. E no fim de semana a galera se reúne no rodízio de qualquer coisa.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Assim não dá certo. Mesmo. Fora que o $$ na conta acaba diminuindo na mesma proporção que a cintura alarga. Felizmente ela não alargou - ponto pra mim! - continuo vigilante...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas não foram só coisas chatas que "sucederam-se"! Passei na seleção pra pós em oitavo (30 pessoas no total)! Em agosto começo a estudar psicopedagogia, na UERJ. Lá vou eu de volta ... a boa filha a casa torna.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Descobri que quero casar logo. Morar com o meu marido, tranquilos. Cada vez que saímos ficamos pensando em como seria bom poder voltar pro nosso cantinho, sem ter que ficar dividindo quarto com irmãos, sala com pais, banheiro com qualquer um. Acho que depois de 10 anos a paciência dos dois com certas limitações começou a rarear.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">No mais, sem novidades sobre a forma. Continuo na mesma, esses últimos 10kg estão piores do que os primeiros...</div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-16600362379289282712009-06-17T23:05:00.000-03:002009-06-17T23:35:02.085-03:00O leão, a feiticeira, o guarda roupa e a calça de cintura baixa.<div align="justify">O imaginário infantil me encanta. Sou daquelas professoras que sentam pra brincar junto, dão pitaco nos jogos, fazem personagens, vozes, tudo bem teatral, animado e divertido. Mas nessas e outras, volta e meia a galerinha confunde a liberdade com.... sei lá com o quê. Libertinagem? Talvez. Acho que muito também vem dessa mania brasileira-carioca-rio-40-graus de se vestir de verão o ano inteiro.</div><div align="justify">Estava eu dando a minha aula, bonita e contente, calça de cintura baixa, decotinho em V (humilde, afinal, trabalho em colégio tradicional) e, faceiramente, abaixei para fazer uma colagem com um grupo de alunos. Do nada começo a escutar as risadinhas. Primeiro, abafadas. Depois, pouco contidas, de maneira a esconder uma prévia do que me aguardava...</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">-Do que vocês estão rindo?- perguntei ingenuamente para a minha doce e meiga trupe de figuras de 4 anos e meio.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">-Ah tia, é que seu <strong><span style="font-size:180%;">cofrinho</span></strong> tá aparecendo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Juro, fiquei olhando pra eles com cara de tacho. Putzgrila, quatro anos e meio e já estão assim? Rindo do "cofrinho" da professora. <em>Mermão</em>, tô dizendo... </div><div align="justify">Como eu não poderia dar um sermão ao estilo "sou sua professora e mereço respeito", pois acho que não faria efeito nenhum, afinal, quatro anos não são cinco (fez sentido?), resolvi me fingir de maluca e mandar um "E eu lá tenho cara de porquinho de barro pra ter cofrinho?" .</div><div align="justify">Aí vem a ingenuidade. A <em>minha</em>. O mais falante do grupo veio a mim e mandou "Não tia, não é esse cofrinho, é esse aqui" - e apontou pro próprio bumbum, fazendo referência ao... cofrinho! E todos se juntaram numa longa e sonora sinfonia de gargalhadas.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Nessa hora, só pude xingar baixinho e maldizer todos os fabricantes de calças jeans de cintura baixa do mundo. E reconhecer que, como dizem por aí, com criança não se brinca...</div><div align="justify">Ora, eles não sabem brincar!</div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-10119944499131663732009-06-12T22:26:00.000-03:002009-06-16T19:13:08.163-03:00Mas os meus cabelos... quanta diferença!<div align="center"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_L-0lllTyg4k/SjMAqrGcmdI/AAAAAAAAAaQ/_ZjhTz1OaiI/s1600-h/antes+depois.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5346617915743181266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 278px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_L-0lllTyg4k/SjMAqrGcmdI/AAAAAAAAAaQ/_ZjhTz1OaiI/s320/antes+depois.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:78%;"><em>Me assustei quando vi...</em></span><br /></div><div align="center"></div><div align="center">Caraca!</div><div align="center"><br /></div><div align="justify">Esses quilos a menos fizeram um bem danado. Não só pra minha auto-estima, mas olha só pra isso. Que saúde iria aguentar mais algum tempo nesse ritmo? </div><div align="justify">A primeira foto é do dia do meu aniversário de 2008. <span style="color:#ff9966;">24 anos e 89 </span>kg. A segunda é da semana do meu aniversário, na semana passada. 25 anos e -15 kg. </div><div align="center"><strong>Sinceramente, acho até que pareço mais nova...</strong></div><div align="center"><span style="font-size:180%;color:#99ff99;"></span></div><div align="center"><span style="font-size:180%;color:#99ff99;">***</span></div><div align="justify">Aniversário passou. Quantas festas! Juro, esse ano devo ter tido umas quatro festinhas de aniversário, hauahuahua. Ser professora tem seu lado divertido.<br />No domingo, dia 7, estava na escola, festinha junina pra lá de boa, com direito a dancinha com as crianças do pré. Chego em casa morta e ligo pro Marcos pedindo um tempinho só com ele, pra descarregar as lamúrias e receber carinho. Ele disse que tinha passado o dia inteiro estudando, e como eu estava trabalhando, sabe como é...<br />Fomos até o apê de um colega de infância meu para revermos a mãe dele, que me conhece desde pequena - essa era a desculpa. Quando cheguei lá... bem, podem tirar suas conclusões <a href="http://www.youtube.com/watch?v=NnftXE13r9Y"><strong>aqui</strong></a> no youtube.<br />Depois, no dia do meu aniversário, minha auxiliar e a coordenadora fizeram algo que nem eu acreditei: combinaram uma festinha surpresa e ela REALMENTE foi surpresa! Nenhum, eu disse ne-nhum dos meus 14 aluninhos de 4/5 anos que adooooram "esplanar" um segredinho deixaram escapar. E eu fiquei impressionada com a esperteza</div><div align="center"><br /></div><div align="center"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5346626713691087778" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_L-0lllTyg4k/SjMIqyAr46I/AAAAAAAAAaY/zwUG4Unroqw/s320/niver+csa+4.jpg" border="0" /> <p align="center"><em>figuras...</em><br /><br /></p><div align="justify"></div><br /><p align="justify">Na terça, à noite, uma galera veio aqui em casa. Cachorro quente, bolinho, etc e tal. Imagina como a titia já estava né? Dá-lhe chá verde...<br />E na quarta, pra fechar, meus queridos lá do município se (des)organizaram para fazer uma surpresa pra mim. Era tanto conchicho que nem deu pra guardar segredo, rs. Pena que não deu pra tirar foto. Ganhei um mimo fofo das diretoras. </p><p align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5346628925669898882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_L-0lllTyg4k/SjMKriRh-oI/AAAAAAAAAag/s9GFt33gNhg/s320/begonias.jpg" border="0" /><br /></p><p>- E a dieta, dona Marcela?</p><p>Bem, não teve jeito. Aproveitei a desculpa do "é MEU aniversário!" e comi bolo, cachorro quente, brigadeiro. Mas tudo sem exagero - e estou sendo sincera. Aliás, em plena madrugada de segunda, depois da festa, a vesícula chiou e fui parar na emergência. Achei que ia entrar na faca, mas felizmente não foi necessário. Pelo menos por enquanto.</p><p align="center"><span style="font-size:180%;color:#99ff99;">***</span></p><p align="center"><strong><span style="color:#ff9900;">PUBLICIDADE!</span></strong></p><p><strong><span style="color:#ff9900;">O <a href="http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?rl=pcp&uid=12029479574294942559">namorido lindo</a> resolveu que também ia blogar. Como esse ano fazemos uma década de relacionamento (porque não dá mais pra chamar de namoro e noivado é muito sério...), ele criou o <span style="font-size:180%;color:#9999ff;"><em><a href="http://memnossavida.blogspot.com/">10 anos</a></em></span>, BLOG super bacana, até quem não nos conhece vai se divertir com as histórias (algumas exageradas, vá lá) da nossa convivência. Visite. Mas não acredite em tudo que lê... rs</span></strong></p>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-9236802007204166402009-06-02T19:46:00.000-03:002009-06-02T20:51:10.417-03:00Acelerada<div align="justify"><br /></div><div align="justify">Cara, é tanta coisa, tanta correria e solicitações urgentes que nem consigo ver o tempo passar. Parece que eu durmo e acordo dentro da sala de aula. Sonho com isso, acordo pensando nisso, faço isso durante o dia, e à noite estou planejando, corrigindo prova, etc e tal. Essa noite, pela segunda vez em pouco tempo, sonhei que meus dentes estavam caindo. Pô, nunca fui de prestar muita atenção em sonhos, nem de procurar sentidos para eles, mas fiquei intrigada com a regularidade e resolvi investigar.</div><div align="justify">Tudo bem que "investigar, hoje em dia, tempos de sites, tarô digital, horóscopo no celular e tudo o mais, não é difícil encontrar algo relacionado a sonhos na internet. Fui num site sobre significados dos sonhos e levei aquele susto quando comcei a ler:<br /><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5342881283771569058" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_L-0lllTyg4k/SiW6OERJk6I/AAAAAAAAAZs/atc7Dz6Lzvc/s320/imagem2.bmp" border="0" /><span style="font-size:85%;">SIGNIFICADO: Outro símbolo de agressividade, vitalidade e energia. Se eles caem, indicam doença ou falecimento de alguma pessoa próxima. Se um dente cair na nossa mão, pode sugerir um nascimento. Se eles estão sãos e limpos indicam aumento da sua influência pessoal ao seu redor. Se estão sujos, expressam vergonha em relação a algum membro da familia. Se os dentes são belos e bem dispostos, significam bons presságios, aumento de poder e riqueza. São também sinônimos de saúde. Dentes cariados fazem temer a perda de um parente. Pouco limpos, é que existe um elemento vexaminoso na família. Enfim, malcheirosos, anunciam discussões familiares. Um dente que cai sempre representa a morte, mas se cai na mão, é sinal de nascimento que está para acontecer. Cuspir os dentes corresponde a transtorno inspirado por calúnias. Quem sonha que está desdentado, ficará como o único sobrevivente da família. É sempre sinal de mau agouro sonhar com dentes, pois denota- complicações de toda espécie, brigas e discussões. Sonhar que estão caindo é medo de perda de libido. Antes de tudo, veja se há problemas com seus dentes. Em geral, nos sonhos, eles simbolizam poder e controle, pois são usados na alimentação, para mostrar raiva, para sorrir, para seduzir. Verifique se você está perdendo ou abusando do poder e do controle em alguma área da sua vida. Dentes bonitos e sadios: prosperidade. Feios: dificuldades e perda de dinheiro. Dor de dente: embaraço financeiro. Dor de dente para o homem pode significar enfraquecimento sexual. Para a mulher: frustração amorosa. Os místicos acham que é um mau agouro: dificuldades financeiras vêm ai. E até luto. O número da sorte é 9671 e o bicho, porco.<br /></span><br /><div align="center"><br /></div><br /><p align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#ff99ff;"><strong>Tipo... sinistro!</strong></span></em><br /></p><br /><p align="justify">Mas eu nunca fui muito supersticiosa, nem ligo (muito) pra horóscopo, porém... sabe aquela históra de "não acredito em bruxas- mas que elas existe, existem?"<br />Bolei....</p><br /><p align="center">***************</p><br /><p align="justify">Falando sério agora... que nada. Eu nunco falo sério mesmo, rs. Estava em um momento <em>revoltada-com-o-trabalho-fico-de-bob-na-net-mesmo</em> e resolvi passar num site da Marie Claire (em inglês) que dá pra fazer altas transformações sem sofrer de estresse pós traumático de cabeleireiro. Se liga nas produções <span style="font-size:180%;">altamente realistas</span> que eu consegui:</p><br /><div align="center"><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5342879878155718818" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 171px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_L-0lllTyg4k/SiW48P8N0KI/AAAAAAAAAZk/DIqJ4B-eubM/s320/OgAAAGphm77xqfN8wdzWlm0R2zwDFLZP5Z-CwfdJxClTIQeu62CwzmUPuGNfPKMYNz7Z__v_CYtKiOu25ESfr_0t6NoAm1T1UE-h_O1LF8nTsIA48GtwnvWB5A4x.jpg" border="0" /><br /><p align="center"><em><span style="font-size:85%;">Favor desconsiderar a Joelma à extrema direita...<br /></p></span></em><br /><p align="left"></p><br /><br /><p align="left">Depois vi que a Avon estava com a mesma ferramenta no seu site - vide blog <a href="http://meudiariodepeso.blogspot.com/">diário de peso</a> - totalmente em português... gastei meu verbo britânico à toa... rs</p><br /><p align="left">Enfim, o que acham? Devo me arriscar em alguma opção?<br /></p>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2510748702305078241.post-59075464922320148342009-05-28T21:20:00.000-03:002009-05-28T21:53:05.784-03:00Catando os caquinhos ... e montando novas estratégias.<div align="justify">Putz, tô dizendo...</div><div align="justify">Fui na endócrino na terça, já achando que não ia fazer bonito, porém estava tranquila. Mas na hora da pesagem, bomba: <span style="color:#ff6666;"><strong>ela me diz que estou com 76kg.</strong></span> </div><div align="justify">COMO????</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Eu sei como.</div><div align="justify">Semana passada foi A SEMANA da "prostituição" da dieta. Sabe aquela história de "tô nem aí?", hoje vou descontar na comida, "ah, só unzinho, eu posso?" Cometi todos os pecados de uma vez só, passeei do doce ao salgado com toda vontade. Sabe aquela promoção nº 4 de cheddar com batata? Caí de boca. Duas vezes na mesma semana. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Vai, pode começar a afinar a chibata porque vem mais por aí...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Como sabem, tomo a sibu desde o início. Mas nas duas últimas semanas eu fiquei "descoberta", pois o remédio acabou e não tinha outra receita. E nessa brincadeira de "hoje eu posso", acabei podendo sempre - aquele lance de estresse de professor é realmente verdade. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas na verdade, não tô podendo não. Não tô podendo mesmo!</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Bem, vamos encarar os fatos: minha cara caiu durinha no chão e esfacelou-se enquanto ia ouvindo o esporrinho básico da doutora. Com toda razão - sou mimada mas tenho princípios.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Depois de sair arrasada do consultório (ainda tive que aguentar meu pai comemorando ter perdido 2 kg - ele também tinha consulta com ela no mesmo dia), fiquei matutando como eu poderia recuperar o PODER. Porque tudo é uma questão de poder e não poder. O que eu posso e o que eu não posso nesse balaio?</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Claro que estou careca de saber o que pode e o que não pode, afinal são 10 meses de dieta ininterrupta. Acho que vale repensar algumas decisões e criar estratégias para metas alcançáveis a curto, médio e longo prazo. Vamos a elas?</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#ffcc99;">Não cair em tentação</span></strong> - Sei que a primeira coisa, a mais simples e até mesmo a mais positiva financeiramente falando, é esquecer completamente a existência de rodízios, barzinhos com batata-queijo-bacon, mcdonalds. habibs e afins. Escolher locais com mais opções que cabem na minha dieta é fundamental pra fazer as coisas funcionarem direito, nem que eu precise parecer um pouco anti-social nesse primeiro momento.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#ffcc99;">Arrumar novas atividades físicas</span></strong> - deixar a preguicinha de lado também é algo positivo e sem contra-indicação. A questão da $$ precisa parar de ser a desculpa oficial para ser encarada como investimento. Afinal, saúde não se encomenda na natura, nem na avon...</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#ffcc99;">Fazer programas "magros"</span></strong> - ultimamente temos saído pra comer e encontrar os amigos. Cara, isso tem me feito bem e mal. Mal pro bolso, como eu disse, mas venho deixando meu trabalho um pouco de lado. É claro que relaxar, rir e se divertir é gostoso, necessário e tudo mais. No entanto, percebo que não posso fazer de uma coisa bacana uma desculpa pro desleixo justificado.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Entre outras coisas, acho que a mudança precisa partir de um amadurecimento pessoal. Titia Marcela não vai ser melhor ou pior porque está magra, gorda e tudo mais. Só que a Marcela decidiu que não ia ser gorda, por vários motivos, e tenho certeza que é uma decisão acertada. Mas de teoria não se sobrevive, é na prática que estão os desafios verdadeiros. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Quem disse que é fácil?</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div>Marcelahttp://www.blogger.com/profile/13005684386627400049noreply@blogger.com4