domingo, 15 de agosto de 2010

Um pouco de tudo...

Então...
Muito bizarro essa parada de malhar, entende?
No começo da semana eu estava com 76 kg, bonitinha e saltitante pois ia retornar para a malhação. E feliz também porque depois de muita insistência, mamãe resolveu começar a academia. Fui três vezes, fiz minha série direitinho, ainda pedi pro professor para fazermos uma nova, já que essa fez quatro meses - tudo bem que, nesses quatro meses, eu devo ter ido somente 15 dias, mas mesmo assim eu pedi - se é pra empolgar, empolguemo-nos, certo?
Minha série envolve muitos agacha-e-levanta, puxa-e-volta, afasta-e-recolhe, em cima e embaixo variados, com placas, pesos, roscas entre 4 e 50 kg, fora o transport e a esteira. Sem exagero, pra fazer tudo isso eu demoro cerca de duas horas na academia e, pode parecer mentira, sem fazer corpo mole e sem bate-papo! Entro, começo o trabalho e termino sem parar pra discutir o capítulo da novela ou a política econômica mundial.
Enfim, mesmo depois dessa agitação toda, do esforço e da concentração - geminiano ter que ficar sem falar é dose, admita - fui subir na balança e, adivinha????
A desgraçada marcou 78KG!!!!! SETENTA E OITO!!!!!!!
P*****RRA! Que diacho de malhação é essa que me faz ficar mais pesada sempre? E não me venham com a estória que é massa muscular, nem vem, não é massa muscular, isso é lenda urbana pois eu continuo do mesmo jeito. Se fosse massa muscular, eu já deveria estar a irmã do Terry Crews! O pior mesmo é sentir o corpo inteiro dolorido depois da sessão tortura, , das 4 séries 15/12/12/10 com aumento de peso progressivo, dos 5' de transport entre-séries, do suor, do cabelo desgrenhado depois das 200 abdominais supra + 100 infra, do professor me acusar de fazer corpo mole a cada minuto que eu tento recobrar o fôlego, das meninas que parecem que passam rexona no corpo todo - por que só eu suo tanto, meu Deus?
Acho que eu não nasci pra isso mesmo. Juro que eu tento achar divertido, estimulante, tento ler sobre o assunto pra tentar me motivar. Mas outro dia foi o máximo e tive a certeza de que isso não é pra mim...
Uma das loirinhas-antitranspirantes puxou conversa comigo enquanto fazíamos abdominais em quadrantes próximos. Ela reclamou que o começo é sempre chato, eu concordei, emendando que depois a gente acostuma (pensamento positivo é o que há) Ela dizia que começou a malhar por recomendação médica, já que foi diagnosticada uma alteração na sua taxa de colesterol. Ela começou a fazer dieta par reduzí-lo e o médico recomendou que praticasse exercícios para ajudar a manter o índice baixo. Me identifiquei com o seu relato, pois tínhamos problemas semelhantes - afinal, uns dos meus pontapés iniciais pra desencadear o processo de emagrecimento foi o colesterol, lembra?
Daí ela começou a falar que procura nunca faltar e que tinha ficado um mês doente, mas mesmo doente ela só pensava em voltar a malhar, pois sempre que faltava ela se sentia "murcha". Eu argumentei que malhar tomava tempo, que às vezes é necessário dar prioridade às outras questões que fazem parte da nossa vida. Aí ela respondeu que mesmo assim ela tentava nunca faltar, pois malhar fazia bem para a saúde e a saúde era fundamental.
Fiquei com uma pontinha de culpa e fui recolhendo meu colchãozinho, depois de argumentos tão contundentes. Só pra tentar não parecer que tratava minha saúde com desleixo, falei que era professora - ah, fala sério, vai dizer que não é uma justificativa? - e que isso me tomava muito tempo. Mas que a entendia e achava que ela estava com a razão, não se pode deixar a saúde de lado e era preciso ir malhar todos os dias, arrumar tempo, até mesmo INVENTAR tempo para ir à academia. Ela sorriu e disse que era o melhor mesmo.
Por curiosidade, perguntei o que ela fazia, qual faculdade, trabalho, etc. Ela me olhou surpresa e balançou a cabeça "Não estou na faculdade não. Estou no terceiro ano ainda."
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Como é que é?
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Terceiro ano do ensino médio?
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Ah, faça-me um favor: pegue toda essa sua sabedoria sobre tempo, saúde e prioridades e vá...............
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update: fui me pesar e a balança marcou 77,4kg. Acho que já desisti de entender essa história de "peso flexível"...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Tenho pensado bastante nas coisas que acontecem comigo. É incrível com eu sou suscetível às mudanças que acontecem a todo o momento. Quando tudo vai do jeito que eu quero - beleza, tudo às mil maravilhas! - mas é só algo sair dos trilhos que pronto, lá se vão meses para recuperar o fôlego e continuar o projeto "corpo e mente sadios".
Eu tenho sentido muita falta de escrever e compartilhar minhas histórias aqui no blog, mas ao mesmo tempo me falta um empurrão, um impulso, uma faísca que me faça digitar o que ando pensando e sentindo. Esse post aqui, por exemplo, está quase sendo interrompido na próxima palavra, e se você leu até aqui, puxa, podemos considerar uma vitória, não?
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Distrações não faltam. Nos últimos meses senti o cansaço que é dobrar no município do Rio. São cobranças que surgem inesperadamente, conteúdos que precisam ser "lançados" a qualquer custo, não importa como, pois no final do bimestre tem prova, ranking de escolas, 14º salário e bla-bla-bla! Fora que as minhas turminhas de terceiro ano fundamental não são lá grandes entusiastas do mundo letrado, todo dia é uma luta para despertar motivação nessas crianças. Ah, claro, isso sem contar meus 6 alunos analfabetos - e que hoje, graças a muita cobrança e disciplina, já conseguem ler palavras simples e formar frases - e os com problema disciplinares graves.
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Depois de cada dia de trabalho, chego em casa sem nenhuma energia, desgastada e chateada. Isso afetou não somente a minha rotina alimentar, mas também a financeira. Quer remédio melhor para aborrecimento que compras e comilanças? Falando bastante sério agora, sinto inveja das pessoas que vão a academia para desestressar. Gostaria de ser assim, juro. Seria uma grande vantagem.
Minha relação com a academia é um grande desastre. Acho um saco musculação, spinning, jump, aeróbica, aerofunk, aerojump, aeroplano e tudo mais! Só que é um mal necessário e não tem jeito, se eu não malhar, não emagreço. Meu corpo já emagreceu tudo que podia sem ajuda de exercícios, agora eles são fundamentais para atingir os ( até agora inalcançáveis) 65 kg.
Um cálculo rápido: estou na dieta desde agosto de 2008. Então, são dois anos completos nesse processo, que hoje estagnou nos 76-75 kg. No começo do ano a doutora passou a dieta sem carbs, maravilhosa no começo, mas que virou um pesadelo depois que voltei a trabalhar, pois no cardápio do município não existe maneira de "separar" a comidinha - e só dá para eu almoçar por lá. Somado a isso, vem o aborrecimento diário com as minhas peças raras, que despertam em mim toda aquela ansiedade que me faz atacar a geladeira, biscoitos e afins. Um desastre.
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Mas pensar e reclamar da vida não adianta. E nem quero terminar o post com mensagens positivas, estilo "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". Não. Vou é parar de digitar, vestir umaa roupa decente e ir pra academia, pois já devem estar cheios dos meus mimimis. Vamos partir pra ação.

domingo, 18 de abril de 2010

É que me dá uma preguiça...

Ando numa preguiça só. Daquelas de querer ver o tempo passar da janela do quarto enquanto escurece, os sons do dia vão sendo substituídos pelo som das buzinas dos engarrafamentos de fim de tarde, das panelas mexidas na hora do jantar, o boa noite do Willian Bonner, a musiquinha da novela das 8-que-na-verdade-começa-às-9, até que aquele fio de suspiro vem arrematar mais um dia e enfim, você dorme e tudo começa de novo. Acho que ando meio melancólica ultimamente. Na verdade, tenho preguiça até da melancolia. Tenho visto o tempo passar e pensado o que eu poderia fazer para começar de novo aquilo que me programei pra fazer. Já sei o plano de cor, falta executar. Mas dá uma preguiiiiiça...
Dá preguiça de acordar. De tomar banho de manhã. De caminhar até a escola. Dá preguiça de dar bom dia pros alunos, de chamar atenção, dá preguiça de elogiar. Dá preguiça de subir as escadas pra chegar em casa, dá preguiça de ir pra academia, de ligar pro noivo, de fazer as contasjunto com ele pra ver se o salário dá... dá preguiça de fazer o jantar, preguiça de lavar a louça. Dá preguiça de deitar pra dormir - é que de manhã deu preguiça de arrumar a cama e agora não consigo deitar vendo os lençóis embolados...
Sério, eu já pensei até em desativar o blog. Estava com preguiça de escrever. Preguiça de ler o jornal. De ver os e-mails. De acompanhar o twitter. Preguiça de qualquer coisa.
Mas aí me deu preguiça da preguiça. Só em uma mente louca como a minha isso faz sentido ou vocês conseguem me entender? Tenho andado distraída, impaciente, imprecisa. Parafraseando Renato - o Russo - ainda estou confusa, só que agora é diferente. Deu uma louca nessa preguicite toda e resolvi correr atrás do estrago. Nunca é tarde pra sair da janela e procurar uma porta.
Fiz um trato comigo, e eu quero me dar um presente esse ano. Um presente diferente, nada material. Quer dizer, tem matéria, mas não é bem de consumo. Na verdade, é consumível sim, visto o noivo e etc e tal, acredito que esse presente não é um mimo, um agrado para acalmar a ansiedade, mas uma conquista, algo sólido.
Sair do estado inerte foi o primeiro passo - e cansei da preguiça de verdade. Mesmo que ela venha e vença algumas vezes, não é o fim, apenas uma batalha. Se tenho inteligência para fazer relações e saber onde errei, dessa mesma inteligência posso tirar a solução para não errar mais.
O que é importante entender, de verdade, é que a vida tem fases, altos e baixos, mas é dinâmica e - pasmem - inédita. Se eu penso que é o fim da batalha hoje, amanhã terei mais 24 horas pra chegar a uma vitória, e depois mais 24, 36, 48, 72, por aí vai...
No entanto, já gastei tempo demais com a preguiça, sendo essa uma atitude que não vale a pena, já que não me traz benefícios nenhum. Tenho que ser mais atenta aos meus desejos profundos, de mudanças positivas, deixando os supérfluos para depois.
E principalmente, preciso ser mais franca e honesta comigo (já chega de me enganar com a preguiça). Que os familiares "só mais 5 minutinhos" só aconteçam quando eu estiver caminhando na esteira em direção à vitória.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Armadilhas diárias? Tô fora!

Fim de semana passou e resolvi fazer um balanço do que aconteceu. Acompanhem o relato:
- Sexta -
Cheguei da academia morta. Neste dia o professor estava com uma implicância contida contra mim, daí começou a dar pitacos na esteira (essa esteira pode ser mais rápida, né?), na última série de braço (faz quatro séries ao invés de três ok?) e resolveu até incluir exercícios (80 abdominais normais e 100 daquelas que se levanta o quadril). Ah é, tio? Tá achando que sou franguinha? Pois sorri pra ele e disse "Sei que você acredita no meu potencial para miss Brasil 2011". Fiz tudo que ele mandou e mais um pouco. Fiquei destruída, mas feliz.
Era tanta dor nos braços e pernas que nem senti fome. Saímos a noite para ver o Avatar 3D com meus pais, irmãos e primo. Chegamos morrendo de fome ao shopping e bateu aquela dúvida "onde comer?" Por conveniência, fomos ao subway, lojinha de sanduíches. Tremi... lembrei da cara da endócrino dizendo "- Pão NÃO PODE!" E agora José?
Bem, a escolha mais certa nessa hora seria não comer. E desmaiar no meio do filme, óbvio. Cercada de mcdonald's, bob's e afins, vamos ver que tem no subway mesmo...
Dividi com o Marcos um sanduíche no pão integral, com salada e frango teriaky. Delicinha. E dividindo não fica ruim pra ninguém.
Sem pipoca e refri, sobrevivi ao filme feliz da vida - mas cheia de dor nos braços e pernas. Chegando em casa, caí na gelatina.
- Sábado -
Um dia normal e tranquilo, exceto pela noite. Aniversário de um amigo num barzinho... vixe, foi uma noite e tanto. Belisquei alguns frangos a passarinho e fiquei na coca zero. Não bebo, não gosto.
- Domingo -
Esse foi difícil. Muito difícil. Começou no café, quando abriram um chocottone que tinha restado do Natal. Olhei, cheirei, desejei, mas não comi. Ponto pra mim. Depois saímos para casa de um amigo. As horas passando e a fome apertando, fomos ao shopping. Acabamos escolhendo o restaurante com menos fila. O cardápio tinha opções bastante legais, mas todos os acompanhantes optaram pelo rodízio de pizzas.
Me vi no hell máximo. De um lado, fatias de calabresa, na frente, 4 queijos, do lado, pizza de brownie com sorvete. Até o namorido resolveu cair no rodízio também.
Firme, contive todos os ímpetos e escolhi salmão e salada. O prato demorou horrores, a fome apertava e as pessoas mastigavam a minha volta. ÓDIO. O namorido virou pra mim e perguntou se estava tudo bem ele comer no rodízio, pois eu estava com a cara amarrada. Esses homens... adoram se arriscar...
Já era mais de três da tarde. Vontade de chorar; fome; mais ódio do garçon. Até fui um pouco grossa com a garçonete, que argumentou que o prato levava 20 minutos. Disse que ela só tinha mais 5 - po, 20 minutos para salada e salmão???? Surtiu efeito e o prato chegou. Ataquei a comida, o namorido quis provar um pouquinho e não deixei - vá se atracar aí com tuas pizzas, vá!
Mais tarde - beeeeem mais tarde - fomos a casa de outro amigo. A fome já dava sinais de incômodo. O que fazer? Olhei pra mesa do lanchinho (pão, bolo, pão, refrigerante, pão, requeijão, pão,rocambole, pão, PÃO, PÃO). Caraca... pra enrolar, tentei tomar água, mas já estava com dor de cabeça. E o namorido não dava sinais que largaria o Resident Evil tão cedo. Peguei uma fatia de pão de forma e espalhei uma rapa de requeijão. Mastiguei horas, repassando o mantra sagrado "perdoe-me, doutora, sei que a desapontei" mentalmente.
***
Cada dia a dieta fica mais fácil, pois o corpo se acostuma a comer menos. Agora, difícil é resistir às tentações ou falta de substitutos. Não sou fresca pra comer, só não gosto de comer fora de hora. E acredito que concessões não são o fim do mundo, mas é preciso ter inteligência e bom senso pra não fazer disso um hábito pra fugir da dieta.
Na verdade, a bronca é pra mim. Afinal, se eu não estivesse dessa jeito, isso não seria necessário, né?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Lasanha de berinjela

Hoje acordei com uma ideia fixa na cabeça: TERIA que aprender a cozinhar berinjela. Mas não de qualquer jeito. Eu queria era gostar de cozinhar a joça da berinjela. Gostar de comer a berinjela, desfrutar da berinjela, desejar a berinjela.
Não estou grávida, antes que me perguntem. Como o Marcos já profetizou, eu só vou engravidar depois que chegar aos 65 - uma daquelas peças que a vida prega na gente. Eu só PRECISAVA dominar a técnica da berinjela. Tipo um desafio. Ou maluquice mesmo, chame como quiser.
Peguei as três berinjelas que estavam na geladeira e fiquei encarando aqueles legumes fashion. Berinjela é cor da moda. Mas como ficaria cozida?
Peguei o note e levei pra cozinha. Abri a abinha do São Google e digitei "pratos com berinjela". Descobri que dá pra fazer bastante coisa com a bendita. Canelones. Sopas. Suco (!) contra o colesterol.... menos, menos, vamos tentar algo mais ameno. Lasanha. Gostei da receita. E, magicamente, tinha todos os ingredientes na geladeira.
Difícil foi cortar a berinjela em fatias. Elas não são muito anatômicas... ou eu que sou mesmo muito desastrada. A receita mandava ferver as fatias até ficarem transparentes - quesqueçá, como assim transparentes? Fiquei olhando a água fervendo com as fatias dentro, esperando pra ver se ficavam transparentes mesmo. Desliguei o fogo antes que elas derretessem por completo. Ainda mando um e-mail malcriado pra quem falou que berinjelas ficam transparentes...
Aí tinha o molho. Pediam duas latas de molho de tomate. Ô moço, eu só tenho de saquinho, vale?
Resolvi fazer um molho diferente do que mandava a receita. Alho, cebola, tomate, pimentão, salsa, cebolinha, coentro, manjericão, louro, molho e - tcharam, o toque - requeijão! Ficou bom. Nada, vamos deixar a modéstia de lado, ficou MUITO bom.
Catei os presuntos, blanquets e mussarelas da geladeira e comecei a montar a escultura, digo, a lasanha. Foi meio difícil fazer camadas com as fatias berinjélicas molengas (transparentes...humpf, só se forem as dele...), fiz as camadas molho-berinjela-molho-presunto-queijo-molho-berinjela e assim, sucessivamente, acabei montando o prato mais charmoso que já fiz. No final, joguei aquela quantidade de queijo parmesão considerável e taquei no forno. Agora era rezar, digo, esperar.
***
Como só minha mãe parecia disposta ao sacrifício de experimentar a iguaria, mandei pro forno batatas e peixe, porque tem gente aqui em casa que não gosta de fortes emoções. Caprichei também na saladinha crocante - repolho e beterraba raladinhos - e na salada verde. No mais, seria um plano B, caso eu também não aprovasse o resultado.
***
Uma hora depois - sim, meu fogão é um molenga - tirei do forno aquela peça gratinada, cheirosa e com uma aparência suculenta. Mesa posta, tirei meu pedaço, fiz o sinal da cruz e caí dentro. Ficou ótima. Muito boa mesmo. Meu pai olhou gulosamente e perguntou o que era aquilo. Depois fechou a cara - Pô, berinjela? Eu detesto berinjela!
Mas aí vem o pulo do gato: fiquem sabendo que berinjela não tem gosto. Tentei argumentar com ele sobre essa característica dela, mas ele ficou irredutível. Azar.
Definitivamente, lasanha de berinjela não deve nada à lasanha normal. E ainda tem o barato de ser menos calórica. Escolhendo os ingredientes certos, você faz um prato que sustenta - afinal, ninguém gosta de sentir fome pouco depois da refeição, mas esse é o mal da dieta... - e que tem sabor de sobra.
Acredite. Vale a pena experimentar.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Das dores

Parte das plantas dos pés, inocente
Sobe pela canela-quase-torcida e continua pela panturrilha
Compreende o joelho e espalha-se pela coxa
Sobe sorrateiramente pela virilha,
(ah, não sabia que podia estar lá também)
Alterna costas, costelas e abdome
Alcança os ombros, e as articulações latejantes gritam
A coluna sustenta um trapo de figura humana que se contorce
tentando esticar e domesticar o que restou
Aquieta-se. Descansa.
Some.

Só até a próxima ida a academia... ai.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A batalha

Na semana passada levei aquela bronca que eu já esperava: doutora me recebeu com um olhar de lado e pensei "lá vem...". Papo vai, papo vem, falei das minhas fraquezas e escapadas - ela com o tom de reprovação de sempre, pediu que eu tomasse jeito, afinal, já era hora de mostrar algum resultado positivo.
Chegamos na hora da pesagem e veio a bomba: 77 kg. Arregalei os olhos, incrédula com aquele marcador. Tudo bem, a balança dela normalmente indica um peso acima das demais, só que dessa vez ela me derrubou! Setenta e sete? Que isso...
Juntei os caquinhos da minha cara e fui sentar do lado da mesinha, esperando a bronca - que veio bem seca: vamos emagrecer, dona Marcela?
Tentei lamuriar que fim de ano é assim mesmo, tem rabanada, churrasquinho, pavezinho, entre outros docinhos e salgadinhos. Ou seja, tentei jogar a culpa no calendário. Ela, que já conhece bem essa lenga lenga de gordinhos, foi diretamente no ponto fraco e mudou a dieta. O problema é docinho? Tá proibido. Pão? Tá proibido. Pensar? Tá proibido também. Agora vamos só executar.
Dona Marcela agora está numa dieta restritiva: dieta de proteínas, toma lá, vê se agora se ajeita.
Como não podia ser diferente, aceitei o desafio - e ai de mim se não aceitasse, capaz dela me tacar o estetoscópio na cabeça...
***
Estou motivada. Me matriculei na academia. E é claro, fiz disso um motivo para comprar roupas novas, rs.