terça-feira, 17 de março de 2009

Quando a balança não se mexe

Desde o início de março que eu venho mantendo o peso. 73 virou um número fixo, e eu fico pensando que "deve haver algo errado".
Mas o algo errado já começa no meio do caminho entre o teclado e a tela. Enquanto escrevo, vou comendo a colheradas duas bolinhas de sorvete de chocolate. Me digam, minha gente, mereço ou não uma surra de fio?
Assim, tenho cometido pecados contra a dieta diariamente. Seja por fome, seja por gula - ai, que ódio dessa minha sinceridade. E pasmem, não estou engordando, mas parei de emagrecer.
Isso quer dizer que a sibutramina tem servido como uma muleta que às vezes faz-se de pernas. Se não estivesse medicada, certamente já teria engordado, mas a sibu "segura a onda" e faz o trabalho por mim.
Isso é extremamente perigoso no processo. Chegar a meta exige tempo, claro, mas isso não quer dizer que o emagrecimento deva ser uma carroça com burro manco.
É aquilo, quem te viu gorda sempre vai achar uma beleza você ter emagrecido um pouco. Mas depois de um tempo começam a falar que já está bom, que se emagrecer mais ficará com cara de doente, que você não deve se preocupar mais. Bom ouvir isso? Nem tanto.
Explico: se você tem uma meta, é preciso que alcance esse valor pra depois decidir o que vai fazer da vida. Se você dá ouvidos pra esse tipo de comentário, automaticamente apropria-se dele - porque são muito convenientes, né? - e para de esforçar e se manter na linha. Consequentemente, para de emagrecer. E se minhas previsões caóticas estiverem certas, nesse caminhar é muito mais fácil engordar de novo. Afff...
Então é isso. Desenterrar a dieta, pendurar na geladeira, no quarto, na escola, enfim, espalhar pelo ambienteum estímulo pra voltar a acreditar que é possível voltar pro caminho do sucesso.
Tudo fica mais fácil quando a gente faz uma avaliação verdadeira do que erra e acerta. Eu preciso:
* Motivar-me com a dieta
*Beber mais água
*Voltar a malhar
*Seguir as orientações a risca.
Será que dessa vez desemperra?
Não percam os próximos capítulos....

sábado, 7 de março de 2009

A pedagogia e o Cálculo...


Bem, bem, não tô não. A última aconteceu na semana passada, quando fui obrigada a fazer uma ultrassonografia para retificar um diagnóstico errado. Explico: um dia fui à uma clínica ali na Barra, uma que tem nome de raça de cachorro, se-é-que-vocês-me-entendem, e uma médica desmiolada diagnosticou um "aneurisma na aorta abdominal". Como assim, perguntam vocês, e garanto, foi a mesma pergunta que eu fiz quando a expert colocou o dedinho pra cima e disse com a maior propriedade do mundo que eu tinha o diabo do aneurisma na barriga, mas que "não era pra eu me preocupar, porque isso é só um achado clínico"...

Na boa, se vocês já passaram por isso, sabem como eu me senti. A palavra aneurisma não é nem um pouquinho interessante para os meus ouvidos, assim como para o ouvido de ninguém. E pra completar o carnaval no consultório, o Noivo ainda estava junto comigo, e ele não é nem um pouquinho controlado para esse tipo de coisas.Saindo de lá, ele já queria que eu ligasse pra todo e qualquer médico do meu guia do plano, foi no google, wikipédia e todos os outros sites de busca, o que só serviu pra deixar o menino cada vez mais ansioso - e, por consequência, a mim também.

Mas quando fui na endócrino, contei a história e ela logo desconfiou. Primeira pergunta: você fez ultra? "Não". "Então vamos ali rapidinho pra eu te examinar". E lá fui eu deitar de novo na maca - com o Noivo a tiracolo, claro. "Olha, essa médica aí não fez um diagnóstico correto. Qualquer abdome pulsa, ainda mais um abdome retinho, quase sem gordura".

PAAAAARA TUDO!!!! Ela disse abdome retinho? Jura? O meu???? Gente, não sei se estava mais feliz pela falta do aneurisma ou pela barriga retinha, rs.

Daí, pra não ter dúvidas mesmo, ela passou uma ultra. E no último sábado, lá estava eu, me entupindo de água às sete da manhã, no meio de uma recepção cheia de grávidas, esperando a minha bexiga encher pra fazer o tal do exame. Pior era ter que explicar várias vezes que eu não estava ali pelo meu espírito materno... porque grávida quando dana a falar sobre a gravidez... ou você sai de perto ou corre o risco de encomendar um assim que sair de lá, rs.

(Admito, morri de inveja, hauhauahuahauahu)


Enfim, exame feito. E não acabou a romaria, não, tá achando o que? O "ultrassonografista" (adoro meus neologismos, rs), um peruano que me deixou tontinha com o sotaque dele - ainda bem que o Noivo estava lá de novo, meu espanhol sempre deixou a desejar - disse que da faca não escaparei. Foi-se o aneurisma (obrigada, Senhor), mas descobriu-se o motivo daqueles desconfortos e enjoos.

Cálculos na vesícula, é mole? Como disse lá o peruano: "da faca você não escapa".


E 2009 começa assim: 32 alunos de manhã, 13 à tarde e dois cálculos de sobremesa...


E eu lá fiz pedagogia pra ter cálculo? Bah...