sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Uuuuuufa...

Gente, tenho que dizer, putz... ô semaninha... abençoada!
Tive uma grande notícia no início do mês, fui convocada pra um cargo de um concurso público que fiz no início do ano. E durante os últimos dias, estive super enrolada com videolaringoscopias, possíveis problemas, muita ansiedade, medo da perícia, medo de precisar largar meus alunos, uma louca confusão mental. Nem dormir direito eu conseguia. Dieta? Quem disse que eu lembrei disso? Aliás, nem sei se tomei meus remédios hoje... tomara que o namorado não apareça tão cedo, rs
Mas DEUS É MUITO BOM, e deu tudo certo! Consegui arrumar minha vida de maneira a conciliar tudo, graças a ELE.
Nossa, parece que tirei um peso do meu peito, estou calminha calminha... quer dizer, nem tanto, rs, falta ainda conhecer a nova turma. Já tô me preparando para as 'peças' que vou encontrar pelo caminho.
Mas estou feliz. Feliz por ter essa chance em minha vida, feliz por ser saudável e jovem, feliz por amar minha profissão, feliz por ser quem eu sou (momento eu me amo, rs, desculpe-me, voltemos à programação normal)
***
Não lembro mesmo como foi a dieta essa semana. Lembro que senti fome em alguns momentos, mas quando ia comer, deixava tudo intocado. Acho que a única coisa que realmente comi foi iogurte. Nem lembro do gosto. Na hora do lanche de hoje me aventurei em um picolé de limão. Fazia tempo que não tomava picolé. Gostooooso.
Não sei se emagreci, se engordei, nem tenho idéia. Mas essa semana pretendo voltar a me concentrar direito nas minhas porções, mastigação, sabores. Nessa correria, a geladeira está sem nada saudável (zero verduras, frutas e legumes, putz) Tenho que resolver isso.
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Conheci uma pessoa muito especial esses dias, aliás, conheci várias pessoas legais. A fila da perícia foi bem divertida - no que o nervosismo deixou, diga-se de passagem. Antigamente achava que tinha dificuldades pra fazer amigos, hoje vejo que até tenho talento pra isso, rs.
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Plano para o fim-de-semana?
DORMIR.
Muito.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Vapt-vupt

Te digo, essa semana tá difícil demais. Hoje saí de manhã e cheguei em cima da hora na escola, engoli um hamburguer de forno pra enganar a fome. Pra que...
Agora estou aqui curtindo uma dor de estômago, uma dor de cabeça, mal estar, enfim, tô passando um perrengue básico...
Estou louca pra me pesar. Não é neura, é curiosidade mesmo. Quero saber se eu fiz ou não lambança com o fim de semana. Afinal, foi um quindim, um pedaço de bolo, pizza....
Pra aprofundar ainda mais o drama, hoje de manhã acordei com uma leve dorzinha de garganta pra me incomodar. Agora estou com um pouco de dificuldade de engolir - talvez seja até bom essa dificuldade...
Oh, horror, horror...
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Estava pensando sobre meu emagrecimento, fiz umas contas e cheguei a algumas conclusões.
Quando fiz minha primeira dieta, em 2005, sem remédio e sem exercícios, emagreci 10 kg em 7 meses (comecei com 87,5 e parei com 77, 5). Cerca de 1,5 kg por mês.
Vamos aos números atuais: na minha última pesagem, na sexta passada, eu estava pesando 82,65 kg. Quando comecei a tomar sibutramina e a R.A., há três meses atrás, estava com 89,5 kg. Fazendo as contas, dá cerca de 6,80 quilos eliminados em dois meses. A doutora falou que eu estava indo bem. Comparado aos números da dieta anterior, estou eliminando cerca de 3 kg por mês.
Só que aí fui ler uns relatos em comunidades. A galera emagrece bem mais. Será que estou fazendo certo?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Vamos que vamos !

Ontem, mais um aniversário pra dificultar a minha vida. Um primo que eu adoro fez um "rodízio" de pizzas na casa dele, não podíamos faltar. Lá fui eu...
Resolvi que não vou mais me desesperar. Não é deixar de lado as metas, mas aprender a controlar o olho grande e a gula. Tinha tanta coisa gostosa misturada que vou revelar, foi difícil, rs. Ele comprou discos de massa e deixou varios ingredientes disponíveis para cada um montar a sua pizza do jeito que quisesse. E não, não tinha nem sinal de rúcula com tomate seco por ali, rs.
Comecei adotando a estratégia de diminuir as porções. Quando uma pizza ficava pronta, pegava um pedaço, partia na metade e depois, mais uma vez. Logo, comia 1/4 da fatia. Somando todos os quartos que comi, dá pra formar uns 3 pedaços. E olha que foi uma tarde inteira de pizza de tudo quanto era jeito...
Depois teve bolo e pudim. E o bolo foi feito pela minha tia, uma obra-prima sabor floresta negra. Não deu pra resistir, adotei a tática da pizza, mas dessa vez foi um pouco maior que 1/4, assumo.
Depois sentei com minhas tias pra fofocar e trocar estratégias pra compensar o estrago do dia. Todo mundo estava lá se lamentando pelos excessos da tarde, cada uma vinha com sua idéia. Uma vai ficar só na fruta (dá-lhe abacaxi!). Outra, vai ficar na sopa. E eu, volto para a dieta e capricho nas caminhadas. E no TKD, claro.
***
Falando em TKD, parabéns a Falavigna, medalha de bronze mais que merecido. E às meninas do voley, amarelo ouro na cara dos críticos! E o que foi aquele salto da Mauren Maggi? Nunca tinha me emocionado tanto numa premiação.
Girl power!
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Essa semana vai ter bastante trabalho, correria e vou precisar de muita energia positiva. Quero agradecer os comentários e as visitas, eu acho que todas vocês são guerreiras e estão no caminho certo!
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UPDATE: Na correria pra ir trabalhar, passei por uma crise "não tenho o que vestir" e estava quase sentando no chão pra chorar. Tudo estava largo, sem forma, feio. Sou uma gordinha com curvas, vaidosa, não consigo sair com aquele uniforme "camiseta-calça-tênis", me acho horrorosa. Daí vi uma calça jeans lindinha, quase nova, que tinha guardado na intenção de usar quando emagrecesse (na época, faltava um palmo pra ela fechar, um horror). Resolvi vestir pra ver quanto ainda faltava pra ela se tornar usável e TCHARAM! A calça não só fechou como ficou um espetácul0! Fui toda-toda pra escola, imagine, o sebo em pessoa, só porque conseguiu vestir uma calça 44-stretch... boba demais, né? rsrsrs

sábado, 23 de agosto de 2008

Ó vida, ó azar...

Hoje não foi um bom dia. Acordei cedo para trabalhar (era festa em homenagem aos pais na escola0, o tempo estava feio, chovia. Meu namorado colocou o despertador dele para tocar 6:30 da manhã, sendo que eu tinha me planejado para acordar às 7:40. Perdi o sono e acabei levantando com uma hora de antecedência. Resultado: tomei café cedo demais, fui pra escola e entrei na correria, não bebi água direito, só parei para comer ao meio dia, morta de fome, isso porque precisei me render a um croissant de queijo e presunto por falta de opção. Tentei "compartilhar" ao máximo o salgado com o meu namorado pra diminuir a culpa... Fomos direto para um churrasco na casa da prima dele, que fazia aniversário.
Já eram 14h quando fui almoçar, estava meio grogue pois tinha me encostado num sofá e acabei tirando um cochilo, nem lembrei de olhar quantidade, coloquei um monte de comida no prato.
Daí veio aquela culpa filha da mãe de jogar comida fora. Coisa chata isso. Tudo bem que a culpa foi minha, devia ter prestado mais atenção. Mas qual é a dificuldade de deixar o prato de lado e não pensar mais nisso? Nada, fico lá, remoendo a culpa, atochando garfadas na boca e despejando comida goela abaixo.
Não gosto de saber que tenho essa relação desequilibrada com a comida. Como é que algo tão simples pode me angustiar tanto? Eu achava que com o tempo conseguiria defender-me desses arroubos descontrolados, mas quando acho que estou no caminho certo, dominando bem essa minha dependência de comedora, lá vem um dia desses pra me tirar do sério. É o dia que eu mais vejo tentações. E é justamente aí que eu fraquejo.
Fomos comprar o bolo da menina, numa padaria/confeitaria que é famosa pelas tortas. Vi um quindim na prateleira. Nem sou muito chegada a isso, só que aquele quindim, amarelinho, reluzente, apetitoso, chamou também a atenção do meu namorado. Ele foi comprar um para dividirmos. E nessas horas que eu não devo confiar em ninguém. Ele, ao invés de se ligar e comprar uma coisa mais singela (pois sabe muito bem que estou de dieta), foi logo pedindo o maior. Trouxe um quindim gigante - tá, nem era tão grande, mas tentem acompanhar o raciocínio da minha perspectiva, rs - com dois garfos. Lá fomos nós devorar aquele círculo de gema e açúcar... ele comeu a maior parte, e a pateta acompanhou, ao invés de dizer um simples "não", me rendi e cometi o pecado.
Ohhhhh vida... por que tanta contradição??? A culpa vem na hora de jogar comida fora, mas quando eu quero comer, ela chega também!
Coisa chata.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Pensando sobre "aquilo"

Título sugestivo né? Tô treinando umas manchetes chamativas.
É que estou pensando em pedir reingresso na UERJ, dessa vez em Jornalismo. Ou Letras/Francês. Tudo a ver né? Geminiano tem dessas coisas...
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Percebi que o que estava faltando para mim durante essa semana era um tempo para parar e refletir sobre o motivo que estava me deixando mal com o processo de emagrecimento. Ontem as crianças estavam brincando no parquinho e eu comecei a viajar na minha semana, lembrando dos dias, de tudo aquilo que eu fiz. Percebi que tinha alguma coisa me incomodando, de repente veio o estalo.
Eu me atropelei bastante durante os últimos dias. Não bebi água como devia. Não mastiguei como devia. Não comi nos horários certos. Logo, a angústia que estava me consumindo não tinha nenhum fator "hormonal" (como temos mania de colocar a culpa no ciclo menstrual, não é?), era eu que estava sendo incapaz de observar os erros que cometia na própria rotina alimentar - que me deixou "pra baixo" sem que eu conseguisse relacionar causa e efeito.
Engraçado, acho que é mais simples corrigir os erros do que percebê-los, rs. Quebrar a rotina diminuiu meu ânimo, aumentou o apetite, deu margem à compulsão. Tudo começou no sábado, dia que eu fui trabalhar na escola e não almocei direito. Foi como um efeito dominó, até a tarde de hoje eu estava me embolando nas quantidades, extrapolando os horários, engolindo rápido, sem tempo pra mastigar. E esquecendo do mínimo de 2 litros de água que me propus a consumir diariamente. E por causa disso estava comendo mais, a vontade de comer substituindo a fome e eu me rendendo - que tragédia!
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Tenho que fazer uma visita ao mercado. Tô sem as coisas básicas de dieta (pão, iogurte, legumes, frutas, verduras) A geladeira só tem uma berinjela, chuchu e margarina. Não tem espírito-de-Ana-Maria-Braga que consiga fazer uma refeição gostosa e nutritiva com esses três itens.
Hoje a tarde lanchei na escola. Comi um misto quente no pão integral com guaravita. Triste né? Mas eu reconheço que errei. Tragam as chibatas.

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A redenção veio no treino, dá-lhe chute, soco, abdominal e o que mais dava na telha do professor. Ainda não consigo fazer flexões até o chão, só vou até o meio. Mas faço a quantidade pedida, pelo menos não estou "roubando" tanto, rs. Hoje consegui melhorar um chute que sempre foi o que eu mais odiava (você gira por suas costas e bate com a perna de trás na altura do rosto). Fiquei impressionada, acertei várias vezes a raquete. Acho que minha coordenação está melhorando, mas preciso desprogramar alguns vícios. Ponto pra mim!
Estava assistindo as lutas de TKD das Olimpíadas e me peguei vibrando com os chutes, coisa que não faria há uns meses atrás. Uhuu.
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Perdi mais uma calça. Daqui a pouco vou ter que dar aula só de vestidinho. Isso se eles ainda servirem.
YES!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Corra, Marcela, corra...

Semana de muita ginástica, mas sem objetivo de emagrecer. No sábado trabalhei - foi olímpíadas no colégio - no domingo acordei cedo e fui à Cabo Frio com a família - aniversário de parente, ô coisa boa... - a segunda foi dia de endocrinologista logo de manhã, ontem tive que fazer uma romaria matinal uerj-prefeitura-corre-pro-trabalho. Ou seja: desde sábado estou atropelando minha dieta, sem tempo pra escrever, pra caminhar, pra trabalhar direito, pra fazer coisas pra mim (o estado das minhas unhas... argh!)
Jornal? Olimpíadas? Respirar? O que é isso?
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Aniversário de parente é um perigo. Cheguei na casa da tia e já me empurraram para a cozinha pra fazer lazanha. Lá fui eu ficar às voltas com molhos, mussarelas, carnes, uma perdição. Com direito a bolo de sobremesa, reconheço que fui bem mais-ou-menos no quesito força de vontade. Apesar de ter me controlado, não pude deixar de sentir uma ponta de culpa por ter me rendido à uma fatia quase transparente de bolo de morango.
Acho que meu maior desafio não é aprender a comer bem, mas conseguir recusar as guloseimas que estão à disposição. Tudo bem que eu não como doces a todo momento, mas sei lá, não sei se estou me cobrando demais ou se é assim que a banda toca.
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Segunda fui na endocrinologista. Emagreci 3,5kg nesse mês - uhuuuu! Ganhei parabéns dela, que falou que é assim mesmo, devagar e sempre. Tirei aquela dúvida do lanche da tarde, ela falou que às três eu devo comer uma fruta e um iogurte, já às seis faço um lanche mais reforçado. Achei que era muita comida, mas tudo bem, ela sabe do que está falando.
Aliás, descobri que a minha dieta é de 1200 cal. Não é pouca coisa não. Sinceramente, como até muito bem, e em dois meses, já se foram seis quilos. Bom né?
Ela perguntou sobre as atividades físicas - aí foi a "hora do esporrinho básico". Eu disse que estava fazendo o TKD, mas que as caminhadas estavam sendo prejudicadas pela falta de tempo.

Ela - E o sábado e domingo?
Eu - Ah, no fim de semana eu faço as minhas coisas, estudo, arrumo a casa...
Ela - Mas não pode tirar 30 minutos pra fazer uma caminhada? Isso também deveria fazer parte das suas coisas.
Eu - ... .... ........ (muda, derrotada pelo argumento simples. Que vergonha.....)
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Consegui arrastar meu pai para se consultar com ela. Ele disse que a achou muito séria (claro, que médico não olharia sério pra um homem com mais de 40kg acima do peso?) Passou um monte de exames pra ele fazer. Tomara que ele agora tome jeito.
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A endocrino queria mudar minha sibutramina para 15 mg. Eu devo ter feito uma cara muito feia, porque depois ela pensou melhor e disse que poderia continuar com a de 10 mg, pois tinha emagrecido bem.

Apesar de usar o remédio como ela recomendou, não gosto nem um pouco de saber disso. Detesto tomar qualquer tipo de remédio, até pra dor de cabeça. E saber que estou usando um medicamento para emagrecer me soa um pouco preguiçoso, como se estivesse procurando o caminho mais fácil.

Sei que posso parecer preconceituosa, e que não é bem assim que a banda toca, remédio nenhum faz efeito sem um pouco de esforço pessoal. Mas estou meio mal-humorada com isso, essa vai ser a terceira caixa de comprimidos. Mais de 90 compimidos diários que mexeram com o meu organismo, modificaram minha rotina, meu apetite, minha forma, minhas medidas. Eu dependo deles pra continuar no bom caminho, são minhas muletas. Não saberia dizer se poderia caminhar sem elas. Triste.

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Acho que estou passando por aquele perído desestimulado da dieta. Ou então é só tpm mesmo. Vai saber.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Post rápido

Na correria... hoje foi dia de treino, quase tive um surto na hora de colocar a lente de contato (acabei indo de óculos mesmo, perdi a paciência) e cheguei atrasada na aula. Mas até que foi bom, teve alongamento no final, dá pra relaxar um pouco. Se bem que o alongamento é um pouco doloroso, rs.

Engraçado como nosso corpo funciona. Já estou quase conseguindo completar a abertura (pernas) lateral, mas só quando a perna esquerda está na frente. Com a direita, falta ainda um palmo. E a abertura pela frente é ridícula - literalmente, fico com medo de me rasgar, rsrs.

Quando eu fazia balé, há uns oooooito anos atrás, tinha uma boa flexibilidade e conseguia uma abertura bacana - não era total, mas era boa. Mas aí parei... e me tornei sedentária.

Aí começa o martírio. As dores e os estalos tornam-se constantes, abaixar-se para amarrar os sapatos vira um desafio, pintar a unha do pé, então.... só com a manicure mesmo.

O tempo vai endurecendo as articulações, ligamentos vão perdendo a elasticidade e a gente acaba deixando toda aquela maliabilidade pra trás. Principalmente se nosso esporte favorito é apertar os botões do controle remoto ou digitar no msn. O corpo vai ficando duro e a pele que o envolve, mole, por mais que possa parecer estranho ler isso numa mesma frase. Como é ruim perceber a perda da elasticidade, sentir dores musculares terríveis, não ter fôlego, não ter ânimo.
Eu estava me sentindo mal antes da dieta, não pela estética, mas pelo péssimo condicionamento físico. Já fazia TKD antes, e estava desestimulada, afinal, é difícil ter agilidade e destreza com 30 kg acima do peso. A perda de peso está dando um gás no meu treino e eu começo a notar mudanças sutis. Estou com mais disposição, aguento mais tempo as partes aeróbicas, tenho um controle maior sobre minha força. E estou deixando de ser estabanada, rs.
É tão bom ver os resultados que fico pensando: por que não comecei isso antes?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Fazendo a festa!

A semana começou com ótimas notícias. Muita coisa diferente vai acontecer daqui pra frente na minha vida profissional, talvez eu precise fazer escolhas dolorosas, mas se Deus quiser tudo vai dar certo e não será preciso. Estou radiante e acho que isso até está influenciando no meu apetite, a ansiedade está dando efeito contrário do que costumava: ao invés de sair devorando tudo que vejo pela frente, estou até esquecendo de comer! Ontem, por exemplo, fui treinar e esqueci de comer antes... tudo bem que não é lá muito saudável, mas foi puro esquecimento mesmo. Sinal que já não estou pensando mais 24h em comida. Legal né?
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Nem me pesei pra saber se a farra de domingo foi desastrosa. Fiquei pra lá e pra cá com médicos, exames e não-sei-mais-o-quê e não tive tempo de procurar uma balança pra ver o tamanho do estrago. Vou deixar pra sexta-feira. E tenho dito.
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Po, fazer blog tem seus prós e contras. É bom quando vemos umas visitinhas de gente bacana que deixa comentário e te faz feliz com a energia positiva. Mas tem aqueles que vem, olham e ficam na surdina, só esperando pra dar o bote.
Falo isso porque meu professor de TKD ontem me massacrou no treino, rs. Ele deixou os outros lutando e falou assim "Vem cá que eu quero fazer um treino especial contigo". Foram os vinte minutos com a maior freqüência cardíaca da minha vida,rs. Dá-lhe chute, pulo, abdominal, e mais chute, pulo, abdominal, até o corpo pedir pelamordedeus. Daí, quando eu falei que estava cansando, ele me veio com "É, viu, quem mandou dizer no blog que o treino foi xoxo????".
Paguei pela língua, rs. Mas até que eu gostei.
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A Thaís, do blog Projeto 38, fez um post falando sobre a perda das roupas. Realmente é uma sensação muito boa saber que aquela calça já está ficando feia de tão larga, mas aí chegam outros problemas. Estou passando por isso, calças novíssimas, que comprei há menos de dois meses, estão ficando ridículas de tão largas. Oh mon dieu, o que eu faço?
Pior que joguei tudo que não cabia em mim fora, pra renovar o guarda roupa no meu aniversário. Meu namorado tem um pouco de culpa nessa história - ele é maníaco por jogar coisas num saco preto e colocar na lixeira. Quando emagreci, há uns três anos, tinha comprado algumas calças menores, que estavam enfurnadas no meu armário, e não sobreviveram ao "ímpeto de organização" do namorado. Elas foram parar na casa de uma tia minha, que já deu cabo das roupinhas...(update)
Bem, acho que vou investir em uns cintos, ao invés das calças...
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Fui no oftalmo e resolvi experimentar o uso de lentes de contato. Afinal, já que estou deixando de lado o estigma de gordinha, porque não abandonar também o de "quatro-olhos"?
Isso me lembra um pouco a minha infância.... ô nostalgia....

domingo, 10 de agosto de 2008

Agradecimentos, Dia dos Pais e uma possível jacada...

Olá! Vou aproveitar a primeira parte desse post para agradecer as visitas. Muito obrigada por virem aqui e terem paciência pra ler esse blog, reconheço que a dona dele não é lá muito boa das idéias, mas ela se esforça pra fazer os textos de maneira divertida e agradável a leitura.
Gosto muito de visitar os blogs alheios e fico impressionada como tem gente que escreve bem, que estuda e se preocupa em dar informações interessantes para a galera que está no processo de emagrecimento. Parabéns aquelas que fazem dos seus blogs uma ferramenta útil para quem visita atrás de conhecimento e exemplos de força de vontade. Vocês podem encontrar algumas delas nos links de blogs ali do lado.
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Dia dos pais, família reunida, almoço, sobremesa.... que equação perigosa! Hoje foi um dia bastante atribulado e corrido. E acho que cometi minha primeira jacada...
A idéia inicial era fazer um churrasco. Tudo bem que churrasco é um convite à gula, já que você fica beliscando um franguinho aqui, uma picanhazinha ali, farofinha, maionese, pãozinho com alho... quando menos espera, lá está a balança denunciando o estrago.
Eu já tinha me preparado psicologicamente para tentar desmontar esse esquema de "belisquetes", mas quando chegamos na casa do meu avô já era meio-dia, e como estava chovendo, ninguém tinha preparado nada referente ao churrasco. Meu pai até levou uns franguinhos, lingüiça, calabresa, refrigerante, mas não havia animação para acender churrasqueira.
Resolveram então fazer churrasco de panela. Putz... O churrasco de panela da minha família é um prato todos adoram, mas é muito calórico, pois é feito com linguiça calabresa e costela bovina na panela de pressão. Ironicamente, apesar de não levar nenhum tempero ou óleo, no final do cozimento é possível tirar meio copo de gordura da panela, imagina a quantidade que ainda está na carne?
Para acompanhar, a galera fez uma salada de legumes, farofa, batata frita e me incumbiram de preparar um arroz a piamontese. Eu adoro cozinhar, e modéstia à parte, até cozinho bem, mas fiquei pensando como iriam achar estranho se eu fizesse o arroz e depois me recusasse a comer...
O almoço só saiu lá pras três e meia da tarde, todos já estavam morrendo de fome, apesar de terem feito uns belisquetes durante o preparo (confesso que belisquei, oh que vergonha...). Na hora de servir, mal dava pra chegar na mesa tamanho o amontoado de gente, pratos, talheres, travessas, um empurra-empurra, chega pra lá, põe pra mim, mãe-derrubei-o-suco! Olhei bem para o banquete, respirei fundo e desejei que a sibutramina tivesse um efeito devastador sobre a minha fome e me fizesse ficar satisfeita com duas garfadas. Quanta ingenuidade....
Comi de tudo um pouco, procurei colocar um pedaço de carne singelo, uma colher de arroz, farofinha no canto, os legumes estavam com maionese (que eu não sou chegada), por isso coloquei pouco. Consegui resistir bravamente à linguiça calabresa, à batata frita e aos refrigerantes (ponto pra mim!). Mecanicamente, levantei e coloquei um pouco mais de arroz, carne e farofa. Só que quando sentei pra comer, logo percebi que não estava com fome, estava era repetindo um padrão de comportamento que minha família possui, de querer ver o final das travessas, comer muito e não conseguir levantar, etc. Deixei o prato de lado e fui participar das conversas (ponto pra mim!)
Mas depois trouxeram um bolo de sobremesa e eu não fui tão forte (vergonha.... vergonha....), comi um pedaço, que não foi tão grande, mas convenhamos, era desnecessário, principalmente depois de um almoço tão traiçoeiro.
Como penitência, me ofereci para lavar a louça do almoço. Era um amontoado de panelas, travessas, talheres, copos, pratos, de 20 pessoas, que se não me ajudaram a queimar calorias, foram extremamente eficazes descascando minhas unhas e acabando com a minha coluna. Afff...
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Boa semana para todos!

sábado, 9 de agosto de 2008

Treinos, alunos e bolos de aniversário

Cheguei um pouco atrasada no treino de quinta e perdi parte do aquecimento, mas deu pra entrar no ritmo do pessoal. Achei que foi um pouco xoxo, esperava chegar morta em casa, só que estava cheia de disposição, pensei até em pedalar na bicicleta ergométrica que desentulhei semana passada, mas uma amiga chegou aqui em casa e interrompeu meus planos.
Ainda estou um pouco confusa com o que comer e o que não comer antes de treinar. Dessa vez fiz uma saladinha de frutas com aveia e linhaça. Fiz bem? Fiz mal? Me ajudem a descobrir...
Na volta, estava sem fome. Tomei um copo de iogurte com um pacotinho de club social integral. E fiquei ouvindo minha amiga tagarelar até pegar no sono.
(mentira Pam, eu te adoro, tá? rsrsrs)
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Sinceramente, acho que estou sendo um pouco relapsa com relação a minha alimentação. Não consigo fazer listinhas do tipo "o que eu comi hoje", contar calorias, andar com tabelinhas nutricionais a tiracolo. Vou seguindo a dieta que a endocrino passou, tentando me adaptar as medidas (a colher de sobremesa de margarina ainda não me convenceu, mas ok...), respeitar os horários. Só que era mais fácil segui-la quando estava de férias, agora, trabalhando, tenho que pensar em algumas coisas pra não fugir do estabelecido.
A minha primeira dúvida é sobre o horário do lanche. Sinto fome às três, no horário do lanche das crianças, mas também sinto às seis, quando chego em casa. Como fazer um lanche sem comer muito? Costumo almoçar ao meio dia, logicamente, às três deveria lanchar. Mas e às seis?
Enfim, coisas de dieta que nem sempre são agradáveis.
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Meus alunos são um barato. Cada um tem uma personalidade diferente, mas todos são muito engraçados. Tem o velho, o ansioso, o bebezão, a curiosa, a artista, a mandona, a "princesa", o inseguro e o estabanado. Nove figuras raras de 4, 5 anos, que na mesma medida que são fofos, dão um baita trabalho.
Essa semana dei uma aula de relaxamento, e fui aproveitar pra "alongar" o corpo com eles. Me surpreendi! Alguns nem conseguiam tocar a ponta dos pés com as pernas esticadas! Era um tal de 'ai, tá doendo', 'ai, não consigo', ais e uis de tudo quanto é jeito. E o mais engraçado é que eu consegui! E de calça jeans!
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Ontem foi aniversário de uma prima, teve festinha na casa dela. Segui a dica nº1 das dietas e fiz um lanche antes de ir. Cheguei lá e vi o tamanho da tentação: salgadinhos, refrigerantes, mini pizzas, docinhos... e um bolo maravilhoso feito pela minha tia, de chocolate com morangos. Analisei friamente a situação e tentei calcular mentalmente a proporção do estrago. Com fome eu não estava, afinal, tinha comido. Logo, salgadinhos e pizzas poderiam ser descartados. Refrigerantes? Bah, água é melhor, não engorda e não dá celulite. No entanto, o bolo da minha tia é uma instituição, não tem igual, é lindo e gostoso na mesma proporção.
Bom, não resisti ao bolo (mas só a ele). Deliciei-me com um pedaço coberto de morangos com chocolate, divino!
Mas os salgadinhos, refrigerantes, pizzas e docinhos passaram longe da minha boca.
Que felicidade.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Ontem voltei a treinar Tae Kwon Do. Foi gostoso, divertido, a galera me anima e na equipe só tem figura rara. A idade varia de 5 a 30 e poucos anos, o engraçado é que todos conseguem conviver de uma forma bem bacana, se ajudando, sacaneando uns aos outros, coisa que não funciona nos outros espaços. Quando me viram chegando, o pessoal começou com aquelas brincadeiras de "vai chover!". E não é que choveu mesmo?
O treino foi leve, acho que o mestre não quis pegar muito pesado até porque estava voltando depois de meses de ausência. Deixei a preguiça tomar conta da minha rotina, agora vou buscar não dar tanto poder a ela, rs. Fiquei orgulhosa de mim, não dei moleza, fiz os polichinelos, as flexões, abdominais, formas, chutes, tudo direitinho, ainda ficava animando a galera. Tive um pouco de enjôo, acho que comi demais antes (um sanduíche de pão de forma com queijo minhas e meio copo de iogurte), na quinta vou tomar só o copo de iogurte e vejo no que dá. O problema é que chego com fome mesmo da escola, fico com medo de ir treinar sem comer nada e passar mal, não render, essas coisas.
***
Ainda não consegui organizar minha rotina direito. Desde o começo da semana não faço a caminhada, tinha me comprometido a caminhar no mínimo três vezes na semana, falta tempo. Estava pensando em uma rotina assim: segunda, quarta e sexta, caminhada rápida de 1 hora. Nas terças e quintas, treino TKD de 1 hora. Será que está bom? Vou pegar a professora de educação física lá da escola pra tirar minha dúvida.
Descobri que a bicicleta ergométrica daqui de casa ainda funciona. Ela estava esquecida embaixo de várias roupas e tralhas. Vai servir nos dias de chuva como os da última segunda feira, em que eu não fui caminhar por causa dela. Fui dar umas pedaladas e acabei machucando a coxa, o banco estava um pouco rasgado.
Aliás, por falar em machucados, hoje estou toda dolorida. Braços, pernas, tudo dói. Pra arrematar, ontem "tomei-lhe um estabaco" na hora de treinar no saco de areia. Tínhamos que dar um chute com a perna de trás e depois alternar com a outra perna - haja coordenação - fiz a primeira vez, a segunda, na terceira ele pediu que a gente jogasse o quadril na direção do chute para ele ser mais eficaz. Resultado: quando fui alternar a perna, foi chute prum lado, qaudril pro outro, o pé escorregou e eu caí de cara no chão!
Não machuquei o rosto, consegui aparar a queda com a mão, mas bati forte a ponta cotovelo e a lateral do joelho. O cotovelo doeu mais na hora, hoje o joelho que está me incomodando. Mas fiquei firme enquanto pude, no entanto a dor era muita, dei um tempo e não participei da luta, só fiz os poonses no final da aula.
É, neguinho, do chão a gente não passa....
***
Diálogo entre eu e o professor enquanto estava caída no chão:
Professor: - Marcela, você está legal?
Eu - Tô... ai.... tô...
Professor - Tá sentindo alguma coisa?
Eu - Tô... ai, ai,... tô sim..
Professor - O que você está sentindo?
Eu - Vergonha .... !?
; )

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Voltando à rotina

Primeiro dia de trabalho, vamos que vamos!
Quem trabalha sabe que comer (bem e direito) não é lá muito simples. Principalmente se voê trabalha em escola e com educação infantil. Não dá tempo pra nada, a atenção precisa ser constante, isso em qualquer trabalho que se preze.
Ontem preparei um verdadeiro farnel pra levar pra escola. Sinto bastante fome no meio da tarde, sou daquelas que vai beliscando, beliscando e não percebe que já passou da cota faz tempo. Pois bem, na bolsa levei um almoço (fui mais cedo pra organizar a sala), com abóbora, arroz e frango, mais uma saladinha básica (alface, agrião, cenoura e cebola raladas, temperadas com vinagre, azeite e sal), um iogurte, banana, maçã e um club social integral. Lembro que perguntei pra endócrino o que eu podia comer naquela hora, ela disse que o importante era fazer um lanche substancial, igual ao café da manhã, porque eu estaria há três horas sem comer. No entanto, fico pensando se não seria melhor fazer um lanchinho light naquela hora, com fruta ou iogurte, e deixar pra comer mais tarde, quando chegasse em casa. Enfim, na próxima consulta eu tiro a dúvida.
Acabei comendo a banana depois do almoço - que eu não consegui comer todo, não gosto de comida de marmita, tem gosto de plástico, ecow - ao meio dia, e por isso, comi o club social e a maçã às três. E bebi muita água, coisa que não tinha muito bem regulado. É claro, fiz mais visitas ao banheiro por conta disso. Quando cheguei em casa, meu pai tinha comprado pão, me servi de um, com café com leite.
Acho essas quantidades de dieta meio irreais e difíceis de fazer. Me diga, como posso passar 1 colher de chá de manteiga no pão? Sei lá, quando chega na metade do pão, a colher já acabou. Pra não pegar mais do pote, você fica lá, esticando, esticando, até a margarina desaparecer na primeira fatia. Não sei se ainda vou me acostumar a comer uma casca de pão tão seca - porque o miolo tem que ser dispensado. Acho que isso é algum tipo de metódo psicológico pra que não tenhamos mais prazer em comer. Dá certo. Enfim, dieta não é só alegria...

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Hoje foi o dia de marcar consultas. Endócrino, oftalmo, otorrino, dematologista, tudo que tem direito! Como a minha pressão não me dá trabalho, deixei cardio e demais pra depois dos 30, rs.
Convenci meu pai a visitar minha endócrino. Ele está com um peso assustador (mais de 140, quase 150, brincando), mas não faz nada efetivo pra mudar o quadro. Todo mês é uma quantidade absurda de remédios, que levam uma parte considerável do salário, que poderiam ser investidos de outra forma. Os hábitos também não são nem um pouco saudáveis, movimenta-se pouco, come mal, dorme mal, mas é uma pessoa muito inteligente, o que pra mim soa um pouco incoerente. Ontem, por exemplo, fiz uma sopa de legumes e um suco de berinjela com laranja, que não é lá muito saboroso, mas também não é intragável. Ofereci pra ele e ele veio me dizer que laranja é muito ácida, atacava seu estômago. Do lado dele, um pacote vazio de biscoito waffer de limão denunciava a estripulia. Fui cara de pau e perguntei se o biscoito de limão não atacava o estômago. Ele justificou dizendo que tinha dividido o pacote com o meu irmão. Sei...

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Descobri que sou profeta...
Lembra o que eu falei sobre as mães e os agrados? Pois é, quando cheguei na fila, as crianças já estavam em peso me esperando, vieram me abraçar, falantes e alegres. Quando olho pro lado, vejo a minha auxiliar segurando uma espécie de pacote, já me veio logo à mente "Ai não..." Ela me disse que a mãe de um aluno, que fez aniversário no fim de semana, tinha mandado bolo e docinhos para a gente. O pacote era bem grandinho, quando cheguei na sala, abri pra dar uma espiada, nossa, um pedaço enorme de bolo de aniversário, diversos brigadeiros, cajuzinhos, beijinhos, putz... Mas eu não comi. Optei pelo meu farnelzinho, boa menina que sou. Saí oferecendo pra todo mundo (viu, a dieta te deixa mais solidária!), só que todas as outras professoras também estavam de dieta. Resultado, trouxe aquele pacotão pra casa, servi-me de somente de um beijinho, e a família tratou de resolver o problema.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Algumas histórias

Bom Dia!
Hoje acordei bem disposta, mas com uma leve cólica me incomodando. Há algum tempo isso já serviria de desculpa pra não fazer nada durante o dia, mas resolvi que mesmo assim não deixaria a caminhada de lado. Só que quando olhei pela janela, caía uma verdadeira tempestade lá fora. Acho que alguém lá em cima está querendo me testar.... rs
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A verdade é que ainda não pude me matricular numa academia. Daí, fica difícil manter um programa de exercício regular e direcionado pro emagrecimento. Nas férias eu caminhava, mas agora preciso de algo que não esteja sujeito às condições climáticas - sou professora gente, não dá pra andar na chuva, a garganta não aguentaria.
Sempre achei musculação um saco. Fiz alguns meses de academia há alguns anos atrás, aquela parada de levantar peso, abaixar peso, correr na esteira, botar caneleira, ai, achava muito chato. Fora os caras ultramalhados que tomavam conta do espelho enquando se admiravam. Achava muito engraçado, mulheres lindas e saradas em volta deles, e eles admirando uns aos outros "nossa cara, como você aumentou esse braço, tá muito maneiro", ou então "po, tem um suplemento novo que é show, dá uma olhada nesse desenvolvimento". E ficavam lá, dando tapinhas nas costas e posando em frente ao espelho enquanto eu humildemente levantava e abaixava meu pesinho de 1 kg...
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Aqui em casa ninguém nunca foi rato de academia. Todo mundo está acima do peso, exceto meu irmão mais novo, mas o quartel foi o grande responsável por tirá-lo do grupo de risco aqui de casa. Ninguém é dado a esportes ou fitness, infelizmente. Comemos mal e não nos movimentamos muito. Meu namorado acabou se juntando ao time, está 10 kg acima do peso. Mas não foi minha culpa, juro.
Talvez tenha sido culpa da comida... rs
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Estava olhando umas fotos da minha formatura, em dezembro. Pude notar alguma diferença entre o corpo antes e depois. É tão bom ver o corpo diminuir, secar. Lembro como foi comprar aquele vestido. Fui à várias lojas, olhei diversos vestidos, nada ficava bom. No dia da formatura, pela manhã, fui ao shopping com a minha mãe. Novamente, estava a beira de um ataque histérico, experimentava, trocava, experimentava de novo, que martírio. E mãe, nessas horas, só serve pra aumentar a pressão né?
Já estava quase sucumbindo quando entrei numa loja feito um furacão. Revirava as araras desesperadamente, as lojistas se entreolhavam com medo, até que uma tomou coragem, armou um sorriso e veio me perguntar se eu queria ajuda. Olhei nos fundos dos olhos dela e falei friamente "Preciso de um vestido pra minha formatura. Você acha que tem algo pra mim?"
Tremendo, ela começou a indicar alguns modelos meio borocoxós, com umas estampas psicodélicas, cores cítricas, afinal, era dezembro, verão, etc. Desafiei ela a encontrar algo que me servisse, estivesse na moda e fosse bonito, afinal, roupa para gordinhas não costumam ter essas qualidades numa mesma frase, rs. Até que ela trouxe uns modelos em preto. Ah, o preto... símbolo de elegância, clássico e infalível, mesmo num calor de 40º do Rio de Janeiro. Experimentei dois ou três modelos. Me enrolei com algumas fitas e amarrações - os vestidos hoje em dia são um projeto de engenharia super complexos, não é? - mas no final me apaixonei por um. Preto, com a barra um pouco acima do joelho (curto para uma gordinha?) e um corte que não parecia roupa de gorda. Até minha mãe gostou - ou disse que gostou porque não aguentava mais andar no shopping comigo, rs. A vendedora respirou aliviada quando eu disse que havia adorado aquele, nos convidou até a voltar para o lançamento da próxima coleção.
O vestido fez sucesso, o namorado adorou, a amiga elogiou, só a avó que olhou com espanto e soltou um "nossa, que curtinho". Mas vó não vale, vó é hours-concours, rs.
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Estava escrevendo essa estória quando lembrei de um diálogo que ouvi uma vez numa feirinha de roupas que eu trabalhava com a minha madrinha. Numa barraca de vestidinhos de viscolycra, a cliente e a vendedora conversavam:
Cliente - Essa estampa engorda?
Vendedora - Não. O que engorda é bala, refrigerante, pastel, sorvete...

domingo, 3 de agosto de 2008

Pensando sobre comida

Esse foi o meu último fim de semana de férias. A partir de amanhã, estarei as voltas com alunos, mães, lanchinhos e cantina. Ah, a cantina... um grande antro de tentações responsáveis por grande parte do estrago...
Quer dizer, não que a cantina seja responsável por nada. A responsável sou eu, mas vocês entendem o que eu quero dizer, né? As diversas guloseimas expostas nos potes coloridos eram chamarizes perfeitos para os meus ataques vorazes, isso sem falar nos salgados, refrigerantes e tudo o mais. Quase todos os dias era ali que eu fazia meu lanche da tarde, um salgado com queijo, presunto, ketchup, um refrigerante e às vezes um docinho pra arrematar. E muitas calorias de sobra para meu corpo transformar em novos pneus e outros acessórios, se é que me entendem, rs.
A verdade é essa: eu comia muito mal. Apesar de saber que não estava fazendo bem para mim, pois não sou nenhuma leiga em nutrição, não me importava de colocar pra dentro todas aquelas porcarias, ainda fazia com gosto, ainda queria mais. Havia dias em que comia duas vezes, mas não por fome. Descontava na comida as ansiedades do dia a dia, as frustrações, até as vitórias.
Esses dias de férias serviram para que eu repensasse como eu estava conduzindo a minha alimentação. Pensando, lendo e principalmente observando, a ficha caiu e vi que não era só eu que estava me comportando desse jeito...
Olhe ao redor e veja: como nossa relação com a comida é doentia! Comemos porque estamos tristes, comemos porque estamos felizes, comemos, comemos, comemos. Parece que vinculamos todas as emoções com a fome, que nada mais é do que uma necessidade do corpo para funcionar. E não sou só eu ou você que fazemos isso, percebo que construímos um modo de vida que está a todo tempo associando comida com sentimento. Analise as revistas, os programas, as propagandas. O que vê?
Já pararam pra pensar nos aniversários? A modinha agora é comemorar aniversários em rodízios (de pizza, de massas, de petiscos, carne, e outros mais que existem por aí). Para não gastamos muito dando festinhas, chamamos os amigos, sentamos numa mesa comprida e comemos. Enquanto tiramos fotos e abrimos presentes em meio a pratos, talheres, garçons e os outros clientes do restaurante, tentamos conversar com aquela pessoa que não vemos há um tempão e acabou sentando longe de você porque fisicamente é impossível que todos fiquem perto numa mesa de 20 pessoas. E além disso, você não consegue manter uma conversa agradável, porque a toda hora o garçom interrompe oferecendo um novo pedaço dos sabores mais "criativos"(pra não dizer exdrúxulos). Você se atrapalha, não sabe se continua a conversar com seu amigo ou se aceita um pedaço de "pizza de bolo de carne assada com bacon, ovos e ervilha". Fora a disputa de "quem come mais". Gente, vamos ser realistas, isso é diversão? Quando deixamos de nos comportar como seres humanos para virarmos tratores?
A minha relação com a comida nem de longe estava fazendo bem para mim. E olha que eu não tenho frescuras restritivas, como de tudo. O problema é que eu queria comer TUDO o tempo todo. Mesmo sem fome.
A vontade de comer regulava meu dia, a fome que eu pensava sentir era nada mais que ansiedade. Quando você passa a viver assim, nem lembra mais o que é fome de verdade, comer é mecânico, o engolir é automático. Eu não mastigava, não sentia o sabor dos alimentos, e já terminava um pedaço pensando no outro que ia comer.
Talvez alguém leia isso e pense "Nossa, que maluca..." Mas eu sei que milhares de pessoas vivem dessa forma e não entendem o que está acontecendo com sua vida. Eu percebi o estrago que estava fazendo, agora busco consertar e não passar por isso de novo.
Amanhã, quando encarar a cantina no meio da tarde, vou analisar friamente os produtos que ela oferece. Como eu preciso conviver com aquele espaço (e não posso ignorá-lo, pois a dona é uma pessoa maravilhosa e uma colega de trabalho sensacional), devo aprender a fazer as escolhas certas e que se adequam às minhas necessidades. Pretendo levar lanche de casa, mas às vezes a correria do dia a dia nos prega uma peça, e a endocrinologista mandou comer de 3 em 3 horas. Será que eu consigo encontrar algo interessante e saudável em meio os doces e salgadinhos?
Aliás, achei uma tabela de calorias super bacana num site de gastronomia. Ela lista aqueles salgadinhos industrializados, fritos e de pacote, que a gente ataca na hora da fome e da correria, serve pra gente se basear e fazer as melhores escolhas na hora que não tem jeito, né?
Disponível em:

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

As voltas que a vida dá...

Bom, não há melhor jeito de começar a falar sobre o que vou fazer para emagrecer se não contando aquelas velhas histórias do que eu um dia já fiz pra alcançar esse objetivo.
Não tenho muitas, nunca fui de fazer loucuras pra emagrecer, do tipo vomitar, ficar dias sem comer ou restringindo tudo que eu comia. Era muito sem-vergonha, nem me importava de comer no rodízio de massas duas vezes por semana (argh...), trabalhando com crianças, sempre tem um biscoitinho, bombomzinho, agradinho das mães - aliás, por que temos mania de presentear os outros com comida?- E a cantina, com seus salgados e refrigerantes sempre à vista, tentações perfeitas para aquela hora de fome à tarde.
Em 2005 eu estava com 87,5 kg. Nessa época arrumei um estágio numa empresa no Centro do Rio de Janeiro, trabalhava de 10 às 17h e depois ia pra faculdade. Por mais estranho que possa parecer, foi assim que pela primeira vez eu consegui perder 12 kg, com reeducação alimentar.
Para mim, foi mais fácil comer bem fora de casa do que dentro dela. Adorava ir nos restaurantes a quilo, montar pratos super coloridos e levinhos (sobrava mais dinheiro, rs). Demorava horas andando pelas ruas e vielas, olhando as vitrines, indo ao fórum, batendo perna mesmo. Comecei a reeducação em março e em setembro já estava com 75kg, linda. O endocrinologista que me atendeu na época me disse que com 70 eu já estaria muito bem.
Só que mesmo emagrecendo, não estava feliz. O estágio era um saco, estava infeliz. Pra ter uma idéia, enquanto estava no ônibus, no caminho para o Centro, sentia uma falta de ar, uma agonia, vontade de sair correndo. Dessa forma, apesar de perder peso, minha autoestima não acompanhava as conquistas. Me sentia bonita com as novas roupinhas, mas não era o suficiente pra ficar feliz.
Saí do estágio em outubro, e na mesma época deixei de lado a reeducação alimentar. Não demorou muito pra recuperar os quilos perdidos e mais um pouco. Mas eu não me importava. Pelo menos, tinha deixado aquele trabalho estafante de lado e comecei a me dedicar mais à faculdade.
Nesses últimos três anos deixei a questão do meu peso de lado. Ele não me incomodava no dia a dia, só quando ia comprar roupas, putz, aí sim as coisas comaçavam a complicar. Fui perdendo as calças que havia comprado na época "magra", as blusas já apertavam nos braços, sobrava muito pros lados. Mas e daí? Afinal, pra que serve a T-Plus da Leader Magazine?
Acontece que olhava a questão do peso de uma ótica invertida. Não preciso perder peso porque quero vestir uma manequim 38 e desfilar toda boa. Quem disse que esse deve ser o mote?
Preciso emagrecer porque meu corpo não foi feito para suportar 30kg a mais do que o ideal. Preciso emagrecer pra não me tornar hipertensa, diabética, pra não sofrer um ataque do coração com 30 anos. Preciso emagrecer para não ter complicações na gravidez quando desejar ter filhos.
Essa deve ser a meta principal: viver com qualidade. Ser saudável. E se ficar mais fácil na hora de se vestir, beleza!
Comecei a visitar uma nova endocrinologista no início de maio. Fiz os exames que ela pediu e me assustei quando vi o resultado. Na hora em que fui mostrar pra ela, lembro que a dra me perguntou "E aí, como estamos?". Respondi "Ah... nada bem, vc vai brigar comigo mesmo..."
Lembro da expressão dela quando começou a ler meu exame "Nossa, está muito alto, vc é muito nova..." Vi que ela me olhava com um certo desespero. Acho que naquela hora caiu a ficha, putz, não dá mais pra continuar desse jeito...
Pra não me receitar um remédio contra o colesterol, já que sou nova, ela disse que me receitaria um remédio que serviria para diminuir a ansiedade, aumentar a saciedade e a absorção de gordura. Torci o nariz, não gosto de tomar remédios. Ela receitou sibutramina, 10 mg, uma vez ao dia. Bem, fazer o que? Era aceitar ou continuar nessa vida.
Comecei a usar a sibutramina no final de junho. Até aqui ela tem me ajudado bastante a perder peso. Mas sempre tem uma ou outra condição adversa, né?
Mas isso é assunto pra outro post.