segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Armadilhas diárias? Tô fora!

Fim de semana passou e resolvi fazer um balanço do que aconteceu. Acompanhem o relato:
- Sexta -
Cheguei da academia morta. Neste dia o professor estava com uma implicância contida contra mim, daí começou a dar pitacos na esteira (essa esteira pode ser mais rápida, né?), na última série de braço (faz quatro séries ao invés de três ok?) e resolveu até incluir exercícios (80 abdominais normais e 100 daquelas que se levanta o quadril). Ah é, tio? Tá achando que sou franguinha? Pois sorri pra ele e disse "Sei que você acredita no meu potencial para miss Brasil 2011". Fiz tudo que ele mandou e mais um pouco. Fiquei destruída, mas feliz.
Era tanta dor nos braços e pernas que nem senti fome. Saímos a noite para ver o Avatar 3D com meus pais, irmãos e primo. Chegamos morrendo de fome ao shopping e bateu aquela dúvida "onde comer?" Por conveniência, fomos ao subway, lojinha de sanduíches. Tremi... lembrei da cara da endócrino dizendo "- Pão NÃO PODE!" E agora José?
Bem, a escolha mais certa nessa hora seria não comer. E desmaiar no meio do filme, óbvio. Cercada de mcdonald's, bob's e afins, vamos ver que tem no subway mesmo...
Dividi com o Marcos um sanduíche no pão integral, com salada e frango teriaky. Delicinha. E dividindo não fica ruim pra ninguém.
Sem pipoca e refri, sobrevivi ao filme feliz da vida - mas cheia de dor nos braços e pernas. Chegando em casa, caí na gelatina.
- Sábado -
Um dia normal e tranquilo, exceto pela noite. Aniversário de um amigo num barzinho... vixe, foi uma noite e tanto. Belisquei alguns frangos a passarinho e fiquei na coca zero. Não bebo, não gosto.
- Domingo -
Esse foi difícil. Muito difícil. Começou no café, quando abriram um chocottone que tinha restado do Natal. Olhei, cheirei, desejei, mas não comi. Ponto pra mim. Depois saímos para casa de um amigo. As horas passando e a fome apertando, fomos ao shopping. Acabamos escolhendo o restaurante com menos fila. O cardápio tinha opções bastante legais, mas todos os acompanhantes optaram pelo rodízio de pizzas.
Me vi no hell máximo. De um lado, fatias de calabresa, na frente, 4 queijos, do lado, pizza de brownie com sorvete. Até o namorido resolveu cair no rodízio também.
Firme, contive todos os ímpetos e escolhi salmão e salada. O prato demorou horrores, a fome apertava e as pessoas mastigavam a minha volta. ÓDIO. O namorido virou pra mim e perguntou se estava tudo bem ele comer no rodízio, pois eu estava com a cara amarrada. Esses homens... adoram se arriscar...
Já era mais de três da tarde. Vontade de chorar; fome; mais ódio do garçon. Até fui um pouco grossa com a garçonete, que argumentou que o prato levava 20 minutos. Disse que ela só tinha mais 5 - po, 20 minutos para salada e salmão???? Surtiu efeito e o prato chegou. Ataquei a comida, o namorido quis provar um pouquinho e não deixei - vá se atracar aí com tuas pizzas, vá!
Mais tarde - beeeeem mais tarde - fomos a casa de outro amigo. A fome já dava sinais de incômodo. O que fazer? Olhei pra mesa do lanchinho (pão, bolo, pão, refrigerante, pão, requeijão, pão,rocambole, pão, PÃO, PÃO). Caraca... pra enrolar, tentei tomar água, mas já estava com dor de cabeça. E o namorido não dava sinais que largaria o Resident Evil tão cedo. Peguei uma fatia de pão de forma e espalhei uma rapa de requeijão. Mastiguei horas, repassando o mantra sagrado "perdoe-me, doutora, sei que a desapontei" mentalmente.
***
Cada dia a dieta fica mais fácil, pois o corpo se acostuma a comer menos. Agora, difícil é resistir às tentações ou falta de substitutos. Não sou fresca pra comer, só não gosto de comer fora de hora. E acredito que concessões não são o fim do mundo, mas é preciso ter inteligência e bom senso pra não fazer disso um hábito pra fugir da dieta.
Na verdade, a bronca é pra mim. Afinal, se eu não estivesse dessa jeito, isso não seria necessário, né?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Lasanha de berinjela

Hoje acordei com uma ideia fixa na cabeça: TERIA que aprender a cozinhar berinjela. Mas não de qualquer jeito. Eu queria era gostar de cozinhar a joça da berinjela. Gostar de comer a berinjela, desfrutar da berinjela, desejar a berinjela.
Não estou grávida, antes que me perguntem. Como o Marcos já profetizou, eu só vou engravidar depois que chegar aos 65 - uma daquelas peças que a vida prega na gente. Eu só PRECISAVA dominar a técnica da berinjela. Tipo um desafio. Ou maluquice mesmo, chame como quiser.
Peguei as três berinjelas que estavam na geladeira e fiquei encarando aqueles legumes fashion. Berinjela é cor da moda. Mas como ficaria cozida?
Peguei o note e levei pra cozinha. Abri a abinha do São Google e digitei "pratos com berinjela". Descobri que dá pra fazer bastante coisa com a bendita. Canelones. Sopas. Suco (!) contra o colesterol.... menos, menos, vamos tentar algo mais ameno. Lasanha. Gostei da receita. E, magicamente, tinha todos os ingredientes na geladeira.
Difícil foi cortar a berinjela em fatias. Elas não são muito anatômicas... ou eu que sou mesmo muito desastrada. A receita mandava ferver as fatias até ficarem transparentes - quesqueçá, como assim transparentes? Fiquei olhando a água fervendo com as fatias dentro, esperando pra ver se ficavam transparentes mesmo. Desliguei o fogo antes que elas derretessem por completo. Ainda mando um e-mail malcriado pra quem falou que berinjelas ficam transparentes...
Aí tinha o molho. Pediam duas latas de molho de tomate. Ô moço, eu só tenho de saquinho, vale?
Resolvi fazer um molho diferente do que mandava a receita. Alho, cebola, tomate, pimentão, salsa, cebolinha, coentro, manjericão, louro, molho e - tcharam, o toque - requeijão! Ficou bom. Nada, vamos deixar a modéstia de lado, ficou MUITO bom.
Catei os presuntos, blanquets e mussarelas da geladeira e comecei a montar a escultura, digo, a lasanha. Foi meio difícil fazer camadas com as fatias berinjélicas molengas (transparentes...humpf, só se forem as dele...), fiz as camadas molho-berinjela-molho-presunto-queijo-molho-berinjela e assim, sucessivamente, acabei montando o prato mais charmoso que já fiz. No final, joguei aquela quantidade de queijo parmesão considerável e taquei no forno. Agora era rezar, digo, esperar.
***
Como só minha mãe parecia disposta ao sacrifício de experimentar a iguaria, mandei pro forno batatas e peixe, porque tem gente aqui em casa que não gosta de fortes emoções. Caprichei também na saladinha crocante - repolho e beterraba raladinhos - e na salada verde. No mais, seria um plano B, caso eu também não aprovasse o resultado.
***
Uma hora depois - sim, meu fogão é um molenga - tirei do forno aquela peça gratinada, cheirosa e com uma aparência suculenta. Mesa posta, tirei meu pedaço, fiz o sinal da cruz e caí dentro. Ficou ótima. Muito boa mesmo. Meu pai olhou gulosamente e perguntou o que era aquilo. Depois fechou a cara - Pô, berinjela? Eu detesto berinjela!
Mas aí vem o pulo do gato: fiquem sabendo que berinjela não tem gosto. Tentei argumentar com ele sobre essa característica dela, mas ele ficou irredutível. Azar.
Definitivamente, lasanha de berinjela não deve nada à lasanha normal. E ainda tem o barato de ser menos calórica. Escolhendo os ingredientes certos, você faz um prato que sustenta - afinal, ninguém gosta de sentir fome pouco depois da refeição, mas esse é o mal da dieta... - e que tem sabor de sobra.
Acredite. Vale a pena experimentar.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Das dores

Parte das plantas dos pés, inocente
Sobe pela canela-quase-torcida e continua pela panturrilha
Compreende o joelho e espalha-se pela coxa
Sobe sorrateiramente pela virilha,
(ah, não sabia que podia estar lá também)
Alterna costas, costelas e abdome
Alcança os ombros, e as articulações latejantes gritam
A coluna sustenta um trapo de figura humana que se contorce
tentando esticar e domesticar o que restou
Aquieta-se. Descansa.
Some.

Só até a próxima ida a academia... ai.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A batalha

Na semana passada levei aquela bronca que eu já esperava: doutora me recebeu com um olhar de lado e pensei "lá vem...". Papo vai, papo vem, falei das minhas fraquezas e escapadas - ela com o tom de reprovação de sempre, pediu que eu tomasse jeito, afinal, já era hora de mostrar algum resultado positivo.
Chegamos na hora da pesagem e veio a bomba: 77 kg. Arregalei os olhos, incrédula com aquele marcador. Tudo bem, a balança dela normalmente indica um peso acima das demais, só que dessa vez ela me derrubou! Setenta e sete? Que isso...
Juntei os caquinhos da minha cara e fui sentar do lado da mesinha, esperando a bronca - que veio bem seca: vamos emagrecer, dona Marcela?
Tentei lamuriar que fim de ano é assim mesmo, tem rabanada, churrasquinho, pavezinho, entre outros docinhos e salgadinhos. Ou seja, tentei jogar a culpa no calendário. Ela, que já conhece bem essa lenga lenga de gordinhos, foi diretamente no ponto fraco e mudou a dieta. O problema é docinho? Tá proibido. Pão? Tá proibido. Pensar? Tá proibido também. Agora vamos só executar.
Dona Marcela agora está numa dieta restritiva: dieta de proteínas, toma lá, vê se agora se ajeita.
Como não podia ser diferente, aceitei o desafio - e ai de mim se não aceitasse, capaz dela me tacar o estetoscópio na cabeça...
***
Estou motivada. Me matriculei na academia. E é claro, fiz disso um motivo para comprar roupas novas, rs.