segunda-feira, 31 de março de 2014

Não é só mais um post

Bem, vamos recomeçar.
Às vezes caio na armadilha de achar que sou capaz de dar conta de tudo, basta me organizar. Balela. Sou fraca, preguiçosa, manhosa, tenho muita coisa para fazer e pouco tempo disponível. Mas não estou reclamando, foram minhas escolhas que me levaram a ser quem sou e, licença por permanecer redundante, continuar sendo quem eu sou é uma das coisas que mais tenho certeza na vida. 
Entretanto, a partir dessas escolhas, cria-se uma série de consequências tão ou mais bizarras quanto a vida cotidiana. Hoje tenho casa, marido, dois empregos e vários projetos pela frente. Sonhos de ser ou estar, viajar, criar, atuar, entre outros verbos que permeiam essas minhas escolhas. Alguns são alcançáveis, outros não serão tão brevemente. Só que algumas vezes tenho a infeliz mania de acreditar no "só que...". Essa expressão infeliz, "só que", é algo que estou tentando limar da minha vida.
Veja, por exemplo, a frase "Eu poderia ser mãe antes dos 30, 'só que' ainda não tivemos um bebê". Ora, ter um bebê, nesse caso, não depende de certas escolhas. Quer dizer, até depende, mas também depende de um pouco de sorte, frequência, mira, bem... vocês entenderam. Ter um bebê não é o caso, foi só pra ilustrar. 
Agora, tome como exemplo a frase "Eu poderia ser magra, 'só que' tenho tendência a engordar." Ahhhh, quem nunca proferiu tamanha heresia... Tendência a engordar sempre foi a grande desculpa para enganar a própria consciência. Você não tem tendência a engordar, você tem inclinações para inventar histórias, isso sim. Criatividade pouca é bobagem para encobrir as verdadeiras razões para essa sina. 
Você não engorda porque os deuses resolveram jogar um carma adiposo na sua existência. Você não engorda porque foi amaldiçoada ou deve carregar esse estigma como sua cruz. Você engorda porque você come. E come mal. E muito. E sempre. 
Já passei por todas as fases de uma dieta. O começo difícil. Os primeiros quilos perdidos, a silhueta modificada, a estagnação. A retomada. A sensação de vitória. Final feliz?
Claro que não. Porque não há final feliz se o seu comportamento não se modifica após essa nova conquista. Quando você retoma os velhos hábitos, não se preocupa mais em vigiar sua alimentação, ou quando você simplesmente não tem mais a disponibilidade para pensar na sua saúde que você tinha antes, está feito o estrago. E aí vem o fracasso. Amargo e cruel.
Daí surgem as desculpas, os "só que",  entre outras pérolas que somente as pessoas que emagrecem e engordam sabem dizer. 
Enfim, decepção e angústia são os sentimentos que já me consumiram por um tempo. Agora, surge a vontade de finalmente mudar o jogo. Emagrecer é o caminho para recuperar a saúde e deixar, de uma vez por todas, essa sina de "só que".

"Ah, mais do mesmo. Duvido", pensam os mais céticos. Para esses, um grande dedo do meio. 

"Ah, vamos ver se agora ela toma jeito" dizem os mais críticos. Para esses, uma grande F***-se!

"Ah, oba, será que agora ela volta com o blog??? Se for, vou acompanhar!" pensam as pessoas que realmente me importam nesse momento. E se você é uma delas, comenta aí. 

Bem vindos de volta ao blog Cativando-me!