quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Nem tanto, nem tampouco

Ontem fui à endócrino e foi uma consulta no mínimo peculiar. Ela me deu parabéns pela perda de peso, na última consulta estava com 83, agora estou com 80,5 ( -2,5 kg esse mês). Contando com aquela pesagem comemorada a uns posts atrás, vi que na verdade eu dei uma "engordadinha" - se é que 500 g podem ser considerados uma engordada, mas vá lá, o tratamento é para perder e não para manter ou ficar oscilando pra cima e pra baixo ao meu bel prazer.
Ela manteve a sibutramina de 10 mg, recomendou um remédio para o colesterol, absurdamente caro, que eu não comprei por simples razões sócio-econômicas (acho que ela esqueceu que sou professora, rs). Poxa, sejamos francas: eu tenho 24 anos, será que eu realmente preciso tomar um remédio para colesterol que custa cerca de R$ 110????
Desconjuro...
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Sabe, eu reconheço que vacilei. Nos últimos dias não tenho tido tempo de ir ao TKD, aproveitei os dias para organizar a minha vida aqui em casa e no trabalho, mas ainda falta tanta coisa que acabei me convencendo que não é faltando ao treino que eu vou conseguir tirar o atraso da minha vida.
Tinha me inscrito em um curso de extensão on line, pelo CEDERJ , mas o dia-a-dia está tão corrido que até agora nem peguei os primeiros textos para ler. No meu tempo livre ando arrumando algumas coisas aqui em casa, tentando deixar o ambiente mais aconchegante. Só que nessa maratona dois-empregos-casa-namorado-planejamento-dorme-acorda, não tenho tido tempo nem pra cozinhar pra mim - coisa que eu adorava fazer. Quem tem uma conselho tiro-e-queda pra me ajudar? Aquela coisa estilo revista Criativa, tá ligado?
Sério, tô precisando...
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Essa aconteceu enquanto estava na recepção do consultório ontem: mãe e filha entraram antes de mim na sala da dra. Poucos minutos depois, saem as duas, a menina pisando duro, a mãe com cara de pastel. No meio do caminho até à porta, a garota colocou o dedo próximo à boca e fez um gesto simulando um vômito. E a mãe, ainda "apastelzada", deu um sorrisinho sem graça para a recepcionista e foi atrás da garota-revoltada. Daí a recepcionista me mandou entrar.
Como geminiana-curiosa que sou, fui logo dando uma de jornalista do zodíaco e inocentemente comentei sobre a cena do consultório. Daí a dra me vira indignada "Agora você vê, a garota com 16 anos, 1,70, 60 e poucos quilos. Aquela menina era gorda?" Eu balancei a cabeça negativamente e ela continuou: "A menina me chega aqui, diz que quer emagrecer e pede para que eu receite anfetaminas para ela!"
Achei o cúmulo. Como assim, com 16 anos a guria quer se dopar? E o pior, quando a dra se recusou a reeitar, ela veio com o argumento "mas todas as minhas amigas tomam!!!"
O que é isso, gente! Anfetamina agora é bala?
A dra disse que não ia receitar de jeito nenhum e a menina saiu da sala soltando fogo pelas ventas.
Vem cá, que tipo de mãe é essa que concorda que a filha, uma adolescente saudável, consuma uma coisa dessas? E que ainda compactua, levando a filha até a "fonte"? E não estamos falando de pessoas pouco esclarecidas, o pessoal que frequenta aquele espaço é classe mádia alta (sou a única pobre de lá, huahauhau)
Palmas para a minha médica, completamente ética e sóbria no exercício da sua profissão. O pior é constatar que isso está se tornando uma "qualidade", sendo que na verdade, deveria ser requisito básico e indispensável na vida de qualquer profissional. Acredito que a menina esteja falando a verdade quando disse que "todas as amigas tomavam".
E acredito também que ela não vá demorar muito a encontrar alguém que vá receitar o que ela pediu, ou então comprará no mercado negro, internet, etc. Mais uma para as estatísticas de adolescentes depressivos/compulsivos/ansiosos que pipocam na mídia dia após dia. E pior, com a conivência dos pais...

Um comentário:

  1. Cuida do colesterol, procure outro médico, uma segunda opinião ! 110 reais é muito, mas veja lá se não é necessário hein!

    Beijos

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