terça-feira, 5 de agosto de 2008

Voltando à rotina

Primeiro dia de trabalho, vamos que vamos!
Quem trabalha sabe que comer (bem e direito) não é lá muito simples. Principalmente se voê trabalha em escola e com educação infantil. Não dá tempo pra nada, a atenção precisa ser constante, isso em qualquer trabalho que se preze.
Ontem preparei um verdadeiro farnel pra levar pra escola. Sinto bastante fome no meio da tarde, sou daquelas que vai beliscando, beliscando e não percebe que já passou da cota faz tempo. Pois bem, na bolsa levei um almoço (fui mais cedo pra organizar a sala), com abóbora, arroz e frango, mais uma saladinha básica (alface, agrião, cenoura e cebola raladas, temperadas com vinagre, azeite e sal), um iogurte, banana, maçã e um club social integral. Lembro que perguntei pra endócrino o que eu podia comer naquela hora, ela disse que o importante era fazer um lanche substancial, igual ao café da manhã, porque eu estaria há três horas sem comer. No entanto, fico pensando se não seria melhor fazer um lanchinho light naquela hora, com fruta ou iogurte, e deixar pra comer mais tarde, quando chegasse em casa. Enfim, na próxima consulta eu tiro a dúvida.
Acabei comendo a banana depois do almoço - que eu não consegui comer todo, não gosto de comida de marmita, tem gosto de plástico, ecow - ao meio dia, e por isso, comi o club social e a maçã às três. E bebi muita água, coisa que não tinha muito bem regulado. É claro, fiz mais visitas ao banheiro por conta disso. Quando cheguei em casa, meu pai tinha comprado pão, me servi de um, com café com leite.
Acho essas quantidades de dieta meio irreais e difíceis de fazer. Me diga, como posso passar 1 colher de chá de manteiga no pão? Sei lá, quando chega na metade do pão, a colher já acabou. Pra não pegar mais do pote, você fica lá, esticando, esticando, até a margarina desaparecer na primeira fatia. Não sei se ainda vou me acostumar a comer uma casca de pão tão seca - porque o miolo tem que ser dispensado. Acho que isso é algum tipo de metódo psicológico pra que não tenhamos mais prazer em comer. Dá certo. Enfim, dieta não é só alegria...

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Hoje foi o dia de marcar consultas. Endócrino, oftalmo, otorrino, dematologista, tudo que tem direito! Como a minha pressão não me dá trabalho, deixei cardio e demais pra depois dos 30, rs.
Convenci meu pai a visitar minha endócrino. Ele está com um peso assustador (mais de 140, quase 150, brincando), mas não faz nada efetivo pra mudar o quadro. Todo mês é uma quantidade absurda de remédios, que levam uma parte considerável do salário, que poderiam ser investidos de outra forma. Os hábitos também não são nem um pouco saudáveis, movimenta-se pouco, come mal, dorme mal, mas é uma pessoa muito inteligente, o que pra mim soa um pouco incoerente. Ontem, por exemplo, fiz uma sopa de legumes e um suco de berinjela com laranja, que não é lá muito saboroso, mas também não é intragável. Ofereci pra ele e ele veio me dizer que laranja é muito ácida, atacava seu estômago. Do lado dele, um pacote vazio de biscoito waffer de limão denunciava a estripulia. Fui cara de pau e perguntei se o biscoito de limão não atacava o estômago. Ele justificou dizendo que tinha dividido o pacote com o meu irmão. Sei...

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Descobri que sou profeta...
Lembra o que eu falei sobre as mães e os agrados? Pois é, quando cheguei na fila, as crianças já estavam em peso me esperando, vieram me abraçar, falantes e alegres. Quando olho pro lado, vejo a minha auxiliar segurando uma espécie de pacote, já me veio logo à mente "Ai não..." Ela me disse que a mãe de um aluno, que fez aniversário no fim de semana, tinha mandado bolo e docinhos para a gente. O pacote era bem grandinho, quando cheguei na sala, abri pra dar uma espiada, nossa, um pedaço enorme de bolo de aniversário, diversos brigadeiros, cajuzinhos, beijinhos, putz... Mas eu não comi. Optei pelo meu farnelzinho, boa menina que sou. Saí oferecendo pra todo mundo (viu, a dieta te deixa mais solidária!), só que todas as outras professoras também estavam de dieta. Resultado, trouxe aquele pacotão pra casa, servi-me de somente de um beijinho, e a família tratou de resolver o problema.

2 comentários:

  1. Oi Marcela, que legal ver uma carioca aqui na blogosfera... vou te linkar e vou vir te visitar sempre...

    aqui, eu entendo perfeitamente esse lance de 1 colher de cha de margarina e tal, tambem nao entendo... desde que comecei a R.A não coloquei uma margarina na boca, heheeh, como faço uma dieta de 1200kcal vou descobrindo delicias pouco caloricas nas prateleiras do mercado e vou substituindo, tipo, coloco uma colher de sopa de requeijao light que tem so 31 kcal, mas encontrei umas pastinhas de soja com sabor de azeitona, outra de alho e salsa, outra de cenoura todas com 25kcal a colher de sopa, é pastinha que dá pra cobrir o pão tranquilamente, uma outra idéia é a maionese hellman's sabor tártaro essa inacreditavelmente nem é light mas tem tbm 25kcal a colher de sopa, percebeu que adoooooro coisa super-temperada, né! Entao, tente substituir, aí deixa a margarina para cozinhar ou para uma vez ou outra...

    gente, resistir a um pacotinho de delicias de aniversario é show!!! Parabens!

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  2. Realmente é um carrosel de emoções!!!
    Eu lido com adolescentes e adultos...ai já viu...rss
    Incentive seu pai a mudar alguns hábitos...
    Bjão

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